Será que o Emanuel Pinheiro foi engambelado pelos empresários do transporte público em Cuiabá? A maior vitória do prefeito até agora foi protelar para o próximo ano o aumento da tarifa de ônibus na capital.
Agora os motoristas dos ônibus estão falando em greve por aumento salarial. As empresas emitem sinais de que, sem aumento nas passagens, não tem como atendê-los. Se os motoristas pararem é um transtorno politico para qualquer prefeito.
Por que o tal do engambelar? Será que a transferência da licitação para novos ônibus e linhas, que a prefeitura já tinha pronto e foi mudado para 2019, estaria na base de um acordo que levou os donos de ônibus a não darem o aumento da tarifa? E a greve dos motoristas agora, espontânea ou encomendada, forçaria o prefeito a dar o aumento?
O decreto recente da prefeitura de que a licitação será daqui a quatro meses e não mais em 2019 é uma tentativa de resposta do prefeito à esperteza dos donos de ônibus? Há algo incômodo no ar. Um fato é claro: se ocorrer o aumento da tarifa dos ônibus, o Emanuel se machuca politicamente.
Impressiona como as pessoas em Várzea Grande deixam passar coisas que poderiam ajudar a cidade. O fato mais recente foi com a Unemat. Não se fez nenhuma movimentação para levá-la e ela deve ir para Roo e Cuiabá. Nas duas cidades começando em prédios públicos, maneira que VG poderia usar até esperar que a Unemat fosse para o Chapéu do Sol.
Não é comum se vê movimentação da população dali em busca de alternativas novas. Talvez por isso a classe politica local não se move por caminhos novos. Espera-se que não vá perder a oportunidade de transformar a cidade num centro de novas tecnologias aproveitando a ida dessa área da UFMT para lá. Será que Cuiabá vai tomar mais essa de VG?
Deve sair no segundo semestre deste ano a licitação para a retomada das obras no Hospital Júlio Muller, ali na estrada de Santo Antonio. A UFMT já tem mais de 60 milhões de reais em sua conta para isso. O governo do estado, que deve arcar com 50% dos custos do empreendimento, colocará incialmente cinco milhões de reais e a obra pode ser reiniciada. Aliás, uma alternativa defendida por muito tempo por esta coluna.
O hospital seria construído em módulos. Pronto um estará pronto para funcionar. O prédio da Faculdade de Medicina já está quase terminado naquele lugar. Quem vai gerir o hospital e treinar futuros médicos será aquela Faculdade. As Faculdades de Enfermagem e Nutrição também irão para aquela região.
Essas construções vão forçar a prefeitura de Cuiabá a olhar urbanisticamente para aquele trecho da cidade. Ali deve surgir um bairro voltado para a área de saúde, com empresas do setor indo para lá e também toda a gama de comércio necessário para atender milhares de pessoas que transitarão ali todos os dias.
Alfredo da Mota Menezes escreve às quintas-feiras nesta coluna.
E-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com
Ainda não há comentários.