São 19 municípios as margens da BR 163 que estão compreendidos somente na extensão concedida, entre eles a capital mato-grossense, Cuiabá, e as cidades de Rondonópolis, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop, principais produtores agrícolas do estado campeão na produção de grãos e leguminosas. Por isso também estava previsto a construção de 20km de um rodoanel (em 5 diferentes cidades) e 44 km de vias marginais.
Os números registrados pela empresa responsável pela concessão são impressionantes, tais como: o número mensal de veículos que roda nos 850,9 quilômetros sob concessão na BR-163 são de 65 mil, dos quais 60% são de cargas. O registro de acidentes, só no primeiro trimestre de 2019, foram de 853 no trecho sob concessão da BR-163. O número é 6% menor se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 906 ocorrências. Esta melhoria no índice é porque aumentou o trecho duplicado entre Cuiabá e Rondonópolis.
Para se ter uma ideia do que isso significa, basta analisarmos os números de 2018, quando foram registrados 107 óbitos no trecho da BR-163/364 sob concessão. Imagina como era antes e como será quando estiver toda duplicada! Quantas vidas serão salvas.
Quando comparados os dados entre 2018 e 2013 (último ano da BR-163 sob responsabilidade do Governo Federal) chegamos a uma redução de 26% no número de mortes. Em 2013, portanto antes da atuação da Rota do Oeste, foram registradas 146 mortes no mesmo trecho.
Os números demonstram que o aumento dos trechos duplicados e os serviços realizados pela Rota do Oeste na BR-163, como manutenção de pavimento, roçada, socorro médico e limpeza da pista, refletem diretamente na segurança e salvam vidas. Nem coloco aqui o prejuízo material que era causado nos veículos que por esta estrada trafegavam.
A questão agora é a seguinte: porque ainda não está totalmente duplicada? As praças de pedágio já funcionam! As datas previstas no ato da concessão não estão sendo cumpridas conforme contrato. Mas este tema é para o artigo da próxima semana, quando tratarei das responsabilidades pelos prejuízos econômicos ao Estado e pelas vidas que poderiam ter sido salvas caso o contrato tivesse sido respeitado.
João Edisom de Souza é Articulista, Professor de Ciências Política, Consultor Político, Gestor de Comunicação, Imagem e Crise, Comentarista político da rádio Jovem Pan, jornal da manhã.
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