Repetir que as nossas escolas fundamental, média e universidades estão fora do compasso da atualidade, não é novidade. Dentro da educação está se discutindo a lavagem geral do país pelo ângulo ideológico e partidário: Nós contra eles. Burrice maior não há!
Esgotaram-se todos os partidos políticos. Sem exceção. Velhos e novos. Meras conversas de renovação em cima das mesmas bases pra se obter poder político. Com o poder tomam-se os poderes municipais, estaduais e federal. E se repete o velho jogo das elites tradicionais que sempre sabotaram o crescimento nacional. E colonizaram a população.
Desta vez está havendo um fato novo. As elites tradicionais tomaram de assalto ao longo do tempo os poderes Executivo, Judiciário, Legislativo, Ministério Público, Tribunais de Contas e todas as instâncias relacionadas à gestão pública. Isso foi lento e gradual ao longo de 500 anos. Mas de repente deixou de funcionar. A ambição foi tanta que elas começaram a guerrear entre si por mais poder. Auto-consumição!
Caíram, pela primeira vez, na desgraça popular. Enquanto a educação não traduz os fenômenos que estão por detrás, eles continuam vivos e errando. Não dependem da educação. A educação faria um enorme favor à nação se explicasse aos alunos o que está acontecendo. Não pela óptica ideológica de partidos políticos como tem feito historicamente. Mas pela ótica da realidade! Vivermos no futuro a realidade e não a política!
Contudo, caberia prestar muita atenção a esse momento do Brasil. Ele é único na sua História. Existe a real possibilidade de o Brasil tornar-se uma nação desenvolvida num tempo médio. Será a primeira vez. O ambiente mundial nos favorece e as nossas elites descuidaram de se renovar. Uma hora o bandido erra. É agora ou vai demorar mais décadas de futuro perdido.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
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