• Cuiabá, 21 de Novembro - 00:00:00

?Oh, Cuiabá, meu amor!?

“Tem São Gonçalo, Cururu e Siriri, Cuiabá, Cuiabá!” 

Pensar em Cuiabá é o mesmo que nos reportar aos seus cantos. Aos seus artistas. Seus compositores. Seus ícones. Pensar em Cuiabá é lembrar, dos seus sinais. De suas marcas. Do cururu, do siriri e também do rasqueado. 

Pensar em Cuiabá, portanto, é refletir sobre essa gente humana e de “tchapá e Cruz”! Pensar no cuiabano é meditar um coração acolhedor. Humano. Sincero e verdadeiro. Um coração de um povo que acorda cedo. Que trabalha duro. Desde o nascer deste sol até ficar escuro.

Não é por menos, que a cidade quase tricentenária, ao comemorar mais um ano de sua existência, sintetiza o espelho evidente dos mais singelos e verdadeiros sinônimos de um povo corajoso e destemido. 

Um povo de uma fé inabalável, a qual percorre desde a tradicional Igreja do Rosário, subindo à Matriz do Centro, desviando pela Universal e seguindo até o grande templo. 

Próxima dos seus 300 anos, este é o momento onde se comemoram os frutos de uma evolução contínua, norteados e carimbados por diversas vivências acumuladas e novos horizontes norteados. Dos poetas primitivos aos contemporâneos. Das mulheres guerreiras aos maiores ícones da política brasileira, a capital mato-grossense já foi “palco” de grandes conquistas. 

Mesmo com sua fundação registrada no inicio do século XXVIII, e sua emancipação logo no início do século seguinte, seus maiores índices de desenvolvimento e crescimento populacional, começaram a surgir a partir da segunda metade do século XX.

Tal eclosão justificou-se, mais precisamente, nas décadas de 1970 e 1980, momento em que a nossa capital começou a consolidar-se, irrevogavelmente, como um forte polo industrial, comercial e de serviços do Estado. Tanto que, recentemente, foi escolhida como uma das capitais brasileiras a sediar os jogos da Copa do Mundo 2014. 

No entanto, com tamanha e inesperada explosão de crescimento populacional, os problemas também surgiram. À época, os gestores que detinham o poder, infelizmente não souberam acompanhar tal evolução. Novos bairros foram fundados. Vilarejos e complexos habitacionais também. O sonho da casa própria, por exemplo, um dos maiores anseios de toda uma geração, tornou-se realidade para muitos. 

Contudo, daí em diante, os espaços existentes tornaram-se pequenos, e os serviços públicos passaram a se tornar escassos, não conseguindo suprir e sanar as necessidades básicas da nossa população. Entretanto, torna-se valoroso frisar que, até o presente momento, muito já se fez pela nossa capital. 

Todavia, é importante lembrar que, ainda há muito, o que se fazer. Vez que, a capital mato-grossense continua a crescer, e à proporção do progresso, os problemas e, as demandas surgem gradativamente. À bem da verdade, creio que, nesse momento de comemoração, não se espera nada menos que pequenas coisas. Que nossos gestores, como sendo os responsáveis por nos representar através da democracia representativa, possam firmar verdadeiro um pacto, com fins de colocar os objetivos da coletividade, sempre em primeiro lugar. 

E, por fim, que o nosso povo continue fiel e leal às nossas tradições, aos nossos costumes e às nossas raízes, continuando a deixar uma marca inesquecível no coração daqueles que vivem e passam por aqui. Parabéns Cuiabá, pelos seus 298 anos!

 

Gabriel Guilherme é suplente de Vereador por Cuiabá pelo PV, e estudante de Direito da Universidade de Cuiabá (Unic).

gabrielguilherme560@gmail.com



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