Alfredo da Mota Menezes
Pesquisas recentes, de institutos diferentes, mostram uma queda na aprovação do Lula e o ano que vem tem eleição. É aceito de que ele vai tentar a reeleição.
Tem chamado a atenção alguns detalhes nessas pesquisas. Por exemplo, ele sempre teve boa aceitação entre aqueles que ganham até dois salários mínimos. Pesquisas mostram uma queda de popularidade nesse segmento. Benefícios sociais, como Bolsa Família ou outros, não estão, como se imaginava, trazendo votos ao atual presidente numa futura eleição.
Outro segmento em que tem caído a aceitação de Lula é entre os católicos. Entre os evangélicos, apesar do esforço de aproximação, ele não tem muita aceitação. Os católicos era seu forte. Pesquisas mais recente indicam que até por ai sua popularidade está em baixa.
Pesquisas anteriores já mostravam o aumento dessa desaprovação do Lula e do seu governo. Atribuíram isso à falta de uma boa comunicação. Teve alteração na comunicação, mesmo assim Lula não cresceu nas pesquisas. Não seria esse então o motivo.
Como se trata do presidente do país, e tendo em vista a eleição do ano que vem, aumentam as análises do porque dessa queda constante.
Tem dados que, em tese, ajudariam a melhorar a popularidade do presidente e não tem ajudado. O PIB do país está num crescimento bom. É claro que todos querem um crescimento até maior, mas os números mostram uma tendência positiva ou ali por 3%. A inflação rompeu o centro da meta, mas não houve um estouro por aí.
Outro dado que poderia ajudar na popularidade do presidente é a questão do desemprego. Está caindo vagarosamente, não aumentando. Já esteve antes acima de 10 por centro e agora ali por seis por cento. E em queda vagarosa.
PIB, inflação e desemprego até certo ponto positivos e que, em tese, deveria ajudar na popularidade do presidente.
É crença na politica que se a economia vai bem um governo surfa nessa onda. É aquela famosa frase do Bill Clinton, presidente dos EUA, quando lhe perguntaram o que ajuda um governo e ele lascou que era “a economia, cara”. Não funciona agora no caso do Lula.
Tem hipóteses para esse fato. Que a inflação está sob controle mas que comida e energia, dois itens essencias para todos, estão subindo. Não dá para comer a tal picanha que o Lula falava lá atrás. Nem picanha, nem muitas outras coisas.
Tem mais argumento sobre o atual presidente e aumento de desaprovação. Que ele fala demais e que a maior parte da população começa a se cansar pelo seu estilo de ser e falar. Que isso, lá atrás, foi até útil, mas que o povo “cansou” desse estilo.
É claro que não se tem pesquisa bem fundamentada para se ver se esses motivos é ‘que levam o Lula à atual situação perante maior parta da população. Independente disso, o falatório em torno dessa desaprovação maior que aprovação do Lula perante a população faz parte do dia a dia de muita conversa.
Alfredo da Mota Menezes é escritor, professor e analista político.
E-mail: pox@terra.com.br
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