Para Alexandre Lohmann, economista-chefe da Constância Investimentos:
O IPCA-15 foi de 0,11%, acima da mediana do mercado (-0,02%). Parte da surpresa está ligada às passagens aéreas, tradicionalmente com sazonalidade deflacionária em janeiro, mas que registraram alta de 10,2% neste mês. O dado foi acima do esperado apesar da alta de uma inflação mais baixa dos alimentos, e impacto baixista maior que esperado do bônus de Itaipu.
A abertura dos dados mostra um cenário preocupante: os serviços subjacentes estão em aceleração, chegando a 0,97% (contra 0,67% no IPCA de dezembro). Parte desse movimento reflete a sazonalidade do início do ano, mas também indica uma tendência de aceleração desses preços. Por exemplo, o item "aluguel residencial", que representa 17,12% do índice, acelerou para 0,91%, influenciado pelo aumento do IGP-M (índice de preços ainda utilizado em diversos contratos).
A média dos 5 núcleos acompanhados pelo Banco Central acelerou de 0,57% para 0,66%. A taxa acumulada em 12 meses dos núcleos está em 4,4%, perto do teto da meta (4,5%) e, portanto, incompatível com uma convergência da inflação para a meta do Copom.
Para este ano, a Constância não vê convergência – nem parcial – da inflação para a meta de 3%. Projetamos um IPCA de 5,6% para 2025, substancialmente acima do teto da meta, o nossa previsão tem claro viés altista.
Fonte: Assessoria
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