Eduardo Ide
Em 2023, o faturamento do e-commerce no Brasil atingiu R$185,7 bilhões, conforme dados da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). Além disso, o setor registrou 395 milhões de pedidos e 87,8 milhões de consumidores virtuais.
No cenário atual do País, onde a digitalização avança a passos largos, os pequenos comércios microempreendedores enfrentam desafios na busca por eficiência e competitividade.
Um dos principais obstáculos enfrentados é compra de produtos para abastecimento dos comércios a aquisição de variedades que atendam às demandas específicas dos negócios, como, por exemplo, os pequenos supermercados, lojas de conveniência que teoricamente necessitam de um portfólio diversificado.
Nesse contexto, é fundamental a criação de uma plataforma digital de comercialização de produtos que facilite a vida do comerciante mais próximo de um modelo onde ele encontre todos (ou pelo menos a maioria) os produtos que comercializa. O conceito por trás deste modelo é o de one-stop-shop digital, que disponibiliza uma ampla gama de produtos e serviços.
Grandes indústrias de alimentos, bebidas e produtos para higiene, já vêm disponibilizando em um único portal uma ampla variedade, atendendo tanto negócios físicos quanto on-line. Nesse ambiente, o microempreendedor encontra tudo o que precisa para abastecer o estoque do seu negócio. Essa ideia além de ser ambiciosa é uma realidade transformadora que pode – e vai - revolucionar a gestão dos negócios.
Para construir esse ecossistema, o primeiro passo é estabelecer parcerias com uma variedade de distribuidores de produtos de consumo e oferecer realmente o que o comerciante precisa para o abastecimento do negócio. Além disso, também é necessário considerar ter diversidade de marcas (inclusive as que são concorrentes do dono do portal) nas diferentes categorias que serão comercializadas e é nesse ponto que deve haver uma mudança significativa na cultura.
O portal só será realmente utilizado em grande escala se houver a participação de todas as marcas necessárias para o abastecimento. É fundamental também incluir não apenas grandes marcas, mas também produtores locais, assegurando uma gama diversificada de opções que atendam a diferentes faixas de preço e preferências dos consumidores.
A construção de todo esse ecossistema para estabelecer parcerias com distribuidores do mercado de vendas online traz vários benefícios estratégicos que impulsionam o crescimento, a eficiência e a competitividade. Ter a variedade de distribuidores oferece insights valiosos sobre o comportamento do consumidor, possibilitando melhor estratégia de vendas e marketing.
Ou seja, criar um ecossistema com distribuidores para o mercado de vendas online é uma estratégia de crescimento inteligente. Ela combina expansão, redução de custos, escalabilidade e melhora na experiência do cliente, fatores fundamentais para empresas que buscam competir em um mercado cada vez mais globalizado e dinâmico.
Para isso, sua plataforma deve ser centrada no usuário, com uma interface intuitiva e de fácil navegação, o que garante que até mesmo aqueles com pouca experiência em tecnologia consigam navegar e comprar no site com facilidade. É essencial que o comerciante possa buscar produtos rapidamente, adicioná-los ao carrinho e finalizar a compra sem complicações.
Outro aspecto crucial é a transparência nas informações. Fornecer dados claros sobre preços, prazos de entrega e condições de pagamento é fundamental, pois o usuário precisa saber exatamente quanto está gastando e quando receberá os produtos. Além do mais, ter um suporte ao cliente eficaz, com atendimento rápido e soluções para possíveis problemas, aumenta a confiança dos usuários na plataforma. Isso pode incluir chatbots para responder dúvidas rápidas e atendimento humano para questões mais complexas.
Com a digitalização e a crescente demanda por soluções práticas e eficientes, a criação de um one-stop-shop não apenas simplifica a vida dos consumidores, mas também fortalece o varejo, promovendo a compra e venda de produtos de maneira mais conectada e eficiente. Por fim, é possível arquitetar um ecossistema que não só receba às necessidades dos comerciantes, mas também impulsione o crescimento dos negócios e o desenvolvimento econômico do país.
O futuro do varejo está em nossas mãos, e ele é digital!
Eduardo Ide é diretor comercial da CWS Platform.

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