Andrea Ladislau
É preciso reforçar a importância de refletirmos sobre as necessidades das pessoas dentro do Espectro autista e a urgência em conscientizar para evitar preconceitos e discriminação.
O autista pode tudo o que desejar, pode muito e precisa ter essa força e apoio de todos, potencializando suas forças e suas habilidades, para não se deixarem intimidar por um rótulo ou julgamentos.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico identificado por uma gama de características variáveis. Dentre elas, podemos citar a dificuldade de comunicação e interação social, o atraso no desenvolvimento motor, hipersensibilidade sensorial e comportamentos metódicos, restritivos ou repetitivos.
Além da hiperatividade ou muita passividade, dificuldade em aceitar mudanças de rotina, sensibilidade a alguns sons e texturas, entre outros. Não é uma doença, portanto não existe cura. É uma condição clínica que exige amor, afeto e cuidado.
Mas engana-se quem pensa que só crianças podem ter autismo. Adultos também podem ser diagnosticados com o espectro. Neste contexto, o ideal é que o diagnóstico venha o mais rápido possível, para que se possa iniciar uma intervenção precoce.
Levando em consideração que o objetivo do diagnóstico não é, e nunca será rotular aqueles que estejam dentro do espectro, mas sim orientar as famílias sobre quais suportes, terapias e ferramentas terapêuticas são as mais adequadas e onde buscar ajuda, pois cada uma das comorbidades que aparecem dentro do espectro, precisam de técnicas adequadas e com comprovação científica de que funcionam, para dar melhores condições de vida ao paciente e a sua família.
Porém, o preconceito e a desinformação ainda rotulam o Autismo como uma limitação. A história provou que essa teoria é falsa e que muitas pessoas diagnosticadas com o Espectro fazem grandes coisas e podem se destacar.
É o caso de autistas famosos como o empresário Bill Gates; O cientista Albert Einstein; o físico Isaac Newton; o jogador Lionel Messi; a ativista Greta Thunberg; o compositor Mozart; a zootecnista Temple Grandim; o comediante Dan Aykroyd; o surfista Clay Marzo; a cantora Courtney Love; o pintor e cineasta Andy Warhol; o ator Sheldon Cooper; a modelo Nina Marker; o ator Anthony Hopkins; a cantora Susan Boyle; o ator Keanu Reeves; o empresário Elon Musk e os brasileiros João Vitor Silva Ferreira, campeão mundial de judô; a cantora do Programa Altas Horas, Leilah Moreno; e o campeão de Jiu-Jitsu Diego Vivaldo. Uma lista de personalidades que, entre outros, servem de inspiração para autistas e pais de autistas, demonstrando que, dentro de suas habilidades, é possível se destacar e desmistificar as limitações do transtorno.
Portanto, esse grupo de desordens de origem neurobiológica que possui um impacto considerável na vida do indivíduo, denominado Autismo ou TEA, não determina até onde a pessoa vai chegar. São as condições, o apoio, as possibilidades, as oportunidades sociais, escolares e de intervenções que vão fazer toda a diferença na vida dela. Portanto, o autismo não tem cura, mas o seu preconceito e o seu desconhecimento a respeito do assunto, sim. Afinal, o autismo é parte deste mundo, não um mundo à parte, e é fundamental promover a informação adequada, a inclusão e o respeito.
Andrea Ladislau é doutora em Psicanalise Contemporânea, Neuropsicóloga. Graduada em Letras - Português/ Inglês, Pós graduada em Psicopedagogia e Inclusão Digital, Administração de Empresas Administração Hospitalar. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional de pessoas do Brasil inteiro / @dra.andrealadislau
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