Marcelo Dannus
Setembro é o mês nacional de incentivo à doação de órgãos. Embora o Brasil seja um dos líderes mundiais em número de transplantes, o país ainda tem desafios a superar. Neste momento, mais de 43 mil pessoas aguardam pelo procedimento com um tempo médio de espera de 18 meses, segundo o Ministério da Saúde. Todo ano, mais de 3 mil brasileiros morrem à espera do transplante.
A tecnologia tem se mostrado uma potente aliada para reverter esse cenário. Um bom exemplo para o país vem aqui do Rio Grande do Sul, onde no início do mês entrou em operação uma solução que ajuda a desatar o nó da agilidade, fundamental para o sucesso de um transplante. É o sistema de Gerenciamento de Doações de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Gedott), desenvolvido em parceria entre o poder público e a iniciativa privada.
O Gedott integra todas as equipes e processos de doação do Estado em ambiente digital. O software oferece módulos para notificação, regulação e comunicação entre as equipes transplantadoras, facilitando a seleção de órgãos e receptores dentro da lista única do Sistema Nacional de Transplantes. Entre as vantagens está a agilização da documentação necessária para o procedimento, trazendo o processo para a era do prontuário eletrônico e garantindo a segurança da informação.
A digitalização permite que todas as etapas, desde a notificação do potencial doador até o contato com as famílias no pós-doação, sejam realizadas de forma eficiente e no tempo considerado ideal pelas equipes médicas. A tecnologia, portanto, não só acelera o processo de transplante, mas também aumenta a segurança e a transparência de todas as fases do processo. O desenvolvimento do sistema uniu os técnicos da Central Estadual de Transplantes, vinculada à Secretaria da Saúde, e a equipe da Paipe Tecnologia e Inovação, que participou de licitação em 2021.
Quando penso no futuro, estou convencido de que investir em tecnologia é uma decisão inteligente para solucionar este e outros gargalos na saúde pública. Com sistemas como o Gedott, o Brasil dá um importante passo para melhorar a eficiência dos transplantes e, em consequência, salvar mais vidas.
É gratificante fazer parte disso. Afinal, na Paipe, a transformação não é apenas um conceito – é uma realidade que experimentamos todos os dias. A cada projeto e a cada solução inovadora, estamos construindo o futuro para nossos clientes e para a sociedade.
Marcelo Dannus é CEO da Paipe Tecnologia e Inovação.


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