Emmanuela Bortoletto Santos dos Reis
A hipertensão arterial na infância é uma condição médica que vem ganhando atenção crescente devido ao aumento de sua incidência. Embora tradicionalmente associada a adultos, a hipertensão pode ocorrer em crianças e adolescentes, frequentemente como resultado de fatores genéticos, obesidade e estilos de vida sedentários. Identificar e tratar a hipertensão arterial na infância é crucial, pois a pressão alta pode levar a danos em órgãos vitais como o coração, cérebro e rins, além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares na vida adulta.
Os riscos de desenvolver hipertensão na infância são influenciados por diversos fatores, incluindo histórico familiar de pressão alta, excesso de peso, prematuridade, e uso de corticoides tópicos e sistêmicos. Além disso, uma dieta rica em sódio e pobre em nutrientes essenciais pode agravar a condição. Dietas ricas em frutas, vegetais e alimentos integrais, e com baixo teor de sal, são recomendadas para ajudar a controlar e prevenir a hipertensão.
O controle do peso através de uma alimentação saudável e a prática regular de atividades físicas são fundamentais para reduzir os riscos associados à hipertensão arterial em crianças. É recomendado que todas as crianças prematuras, cardiopatia e nefropatia meçam a pressão arterial pelo menos uma vez ao ano, assim como todas as crianças acima de três anos de idade. Os valores de normalidade para crianças e adolescentes é diferente do adulto, mas deve sempre ser abaixo de 120/80mmHg em qualquer um dos casos.
O acompanhamento com um nefrologista pediátrico é essencial para crianças diagnosticadas com hipertensão arterial. Esses especialistas são treinados para lidar com complicações renais e podem fornecer um manejo abrangente da condição, incluindo ajustes na dieta, monitoramento da pressão arterial e, quando necessário, prescrição de medicamentos. Um acompanhamento regular permite a detecção precoce de possíveis danos aos rins e outros órgãos, promovendo uma melhor qualidade de vida e prevenindo complicações futuras.
Emmanuela Bortoletto Santos dos Reis é medica Nefropediatra no Hospital Santa Rosa e professora na UNIVAG- CRM/ MT 6596 e RQE 300; 327.
Ainda não há comentários.
Veja mais:
Alckmin: tarifaço de Trump afeta 3,3% das exportações brasileiras
Ministra Cármen Lúcia ressalta não haver democracia sem parlamentos
Em Cuiabá: PF prende mulher em flagrante por tráfico de drogas
Operação da Polícia Civil derruba esquema de Bets em MT
Ensino Superior: Grupo FASIPE ganha destaque em Mato Grosso
Forças de Segurança apreendem meia tonelada de droga
A Reforma Tributária e os varejistas
Mais com menos
A crise climática e o período de estiagem
Secretaria de Infraestrutura de MT: trânsito liberado na Miguel Sutil