• Cuiabá, 22 de Outubro - 00:00:00

Senador lembra endividamento em alta e quer educação financeira nas escolas


Da Redação

“Fatores conjunturais, como o desemprego e a crise econômica", acentuou o senador Jayme Campos (União-MT). A análise de Jayme ocorre na semana em que o Senado Federal dedicou uma sessão para aprovar projetos destinados ao fomento e melhoria da educação. Assim, o senador Jayme Campos apresentou um projeto que promete um salto de qualidade na formação de jovens e adultos no ensino público - considerando a "educação financeira".

Via Comunicação - acrescenta:

Trata-se do PL 2356/2024, que institui a Política Nacional de Educação Empreendedora e Financeira. A matéria foi protocolada durante sessão plenária - nesta semana.

Dados da Confederação Nacional do Comércio revelam que 78% das famílias brasileiras estão endividadas e 29% estão com conta em atraso. Além disso, o Serasa apontou que o país tem atualmente mais de 70 milhões de inadimplentes. O valor médio da dívida das pessoas é de R$ 4.500, o que soma a algo parecido em torno de R$ 367 bilhões em dívidas em atraso. 

De modo geral, segundo ele, além dos graves problemas orçamentários das famílias brasileiras, “as pessoas estão pouco preparadas para gerir ou lidar com o dinheiro”. Pesquisas mostram que apenas 35% dos brasileiros estão ‘alfabetizados financeiramente’.

Segundo o levantamento da organização ‘Todos Pela Educação’, 98% dos estudantes brasileiros de escolas públicas querem escolas que os capacitem para o trabalho. Por outro lado, de acordo com o Sebrae, 7 entre cada dez professores brasileiros não sabem tratar dos temas relacionados ao empreendedorismo e à educação financeira.

Dessa forma, a preparação para a vida adulta deve observar a necessidade de habilitar os jovens para lidar com questões financeiras, bem como estimulá-los a empreender e a inovar em um ambiente de trabalho cada vez mais dinâmico.

De acordo com Jayme Campos, “a escola não cumprirá sua missão civilizadora se for incapaz de formar cidadãos preparados para se inserir na vida produtiva de forma empreendedora e com competências financeiras”. Outro dado que justifica a adoção pelo Governo brasileiro de uma política de educação empreendedora e financeiras, na avaliação do senador do União-MT, vem da Global Entrepreneurship Monitor.

Levantamento dessa instituição apontou que entre 65 países, o Brasil ocupa a 56ª posição na difusão da educação empreendedora. Além do atraso, como uma das últimas no mundo, esse dado mostra que o país segue perto da contra-mão da evolução do ensino. Ao apresentar o projeto, Jayme Campos comentou os números apresentados pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, durante audiência pública que ele presidiu na Comissão Mista de Orçamento. Campos é vice-presidente da CMO.

Conforme o senador, o cenário apresentado pela ministra se revelou “muito ruim em relação aos recursos que são aplicados em educação e aos resultados, em contrapartida, que são muito poucos”. Pela proposta apresentada por Jayme Campos, os currículos da educação básica incluirão o empreendedorismo, a inovação e a educação financeira como temas transversais.

Os conteúdos desses currículos devem observar, entre suas diretrizes, a orientação para o trabalho, o empreendedorismo e a inovação. O estimulo deve ocorrer inclusive mediante programas e cursos de formação de docentes nessas áreas, com o objetivo de promover a conexão entre os conhecimentos técnicos e científicos e o mundo do trabalho e da produção.

 

Com Assessoria




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