Da Redação
"A greve dos funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), que já dura mais de 70 dias, está prejudicando o combate ao desmatamento ilegal e penalizando o setor produtivo do país, além de atrasar o andamento de obras públicas."
O alerta foi feito pelo senador Jayme Campos (União-MT), em pronunciamento da tribuna do Senado, quando pediu ao Governo solução imediata para pôr fim a paralisação.
Mancha a imagem do Brasil em torno de uma agenda de mudanças climáticas.
Jayme Campos destacou o risco que a economia nacional vem enfrentando diante da greve, já que as exportações estão sendo duramente atingidas A greve dos trabalhadores da área ambiental começou no mês de janeiro e, de lá para cá, segundo ele, “vem deixando parte da indústria de mãos atadas” visto que a estrutura desses órgãos está muito aquém do necessário.
“Muitos pedidos estão sendo feitos e cancelados devido à demora na liberação das cargas nos nossos portos. Segundo levantamento das montadoras brasileiras, atualmente, 30 mil veículos importados estão parados nos pátios, aguardando a liberação dos documentos pelo Ibama” - relatou.
Antes mesmo da decretação da greve, já eram visíveis os prejuízos causados a economia e ao setor florestal. No início de fevereiro, Jayme Campos se reuniu com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, quando manifestou sua preocupação com o movimento e com os rumos das exportações. Sobretudo, na área florestal, já que dezenas de municípios de Mato Grosso tem sua economia baseada na atividade de base florestal.
Jayme Campos afirmou também que o setor está produzindo de forma legal e com sustentabilidade, gerando emprego e renda, mas que a falta de estrutura do Ibama está criando uma crise sem precedentes para setor e todos os outros seguimentos que dependem desse viés econômico.
Os servidores da área ambiental reivindicam novo plano de carreira, aumento de salário e melhores condições de trabalho para o setor. Cerca de 90% dos trabalhadores de campo aderiram à mobilização e os demais agora se concentram apenas nas atividades burocráticas internas.
Para o senador, trata-se de “uma situação preocupante”. Tal quadro, além de penalizar o setor produtivo nacional – enfatizou – “mancha a imagem do Brasil em torno de uma agenda de mudanças climáticas”. Em seu discurso, o senador mato-grossense foi taxativo ao destacar que "no conjunto da obra" a sociedade brasileira é quem será a grande afetada com a paralisação.
Com Assessoria
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