Claudia Frazão
O mercado imobiliário vem registrando altas desde a pandemia em 2020 e a projeção é que para os próximos cinco anos esse movimento seja ainda mais forte. Pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Deloitte, aponta que, no primeiro trimestre, houve alta de 6,3% no índice de preço dos imóveis, em relação ao último período de 2022. Comparado com o mesmo intervalo do ano passado a aumento chega a 40%.
Outra pesquisa feita pela Quinto Andar mostra que mesmo diante dessa alta nos preços e nas taxas de juros, dois em cada cinco brasileiros tem o objetivo de adquirir um imóvel em 2023. Mas existe uma saída para quem quer driblar a alta de preços e comprar sua casa própria de forma mais econômica: os leilões imobiliários.
Os imóveis leiloados são vendidos com preços em média entre 40% e 60% abaixo do valor e atraem cada vez mais consumidores. Todos os meses são ofertados centenas de propriedades em todas as regiões do Brasil com grandes descontos. E a variedade é imensa, casas, apartamentos, chácaras, salas comerciais e até prédios e terrenos industriais.
Além disso, a possibilidade de financiamento desses imóveis os torna ainda mais atrativos. Mesmo com as taxas do crédito imobiliário permanecendo altas, como os valores praticados são abaixo do mercado essa opção de pagamento é viável para a aquisição do bem.
As vantagens vão além da economia. O processo de compra do imóvel leiloado é transparente. No edital do pregão há todas as regras da disputa e as informações sobre o bem, como se há dívidas, lance mínimo e condições de pagamento. Esse documento é importante para um negócio justo e seguro entre as partes e visa à integralidade da transação imobiliária.
No processo o comprador tem a segurança de que, caso o leilão seja anulado ou impugnado, receberá restituição do valor pago e a garantia de que as negociações são respaldadas por grandes instituições financeiras ou Tribunais de Justiça.
Mas é preciso ficar atento. Assim como em qualquer processo de compra é necessário alguns cuidados antes de fazer um lance. O primeiro passo é ler atentamente o edital e conhecer todas as condições da transação. Outro ponto é não dar lances por impulso e estabelecer um teto de gastos, até porque, após a arrematação não é possível se arrepender da compra.
A compra de imóvel feita por meio de leilões vem crescendo a cada ano, assim como tem aumentado a quantidade de oferta em razão do número de inadimplência. O cenário econômico atual alinhado com o desejo dos brasileiros de sair do aluguel vem impulsionando esse mercado, e deve ser cada vez mais visto como oportunidade para aquisição de um bem, seja para morar ou investir.
Claudia Frazão é diretora da Frazão Leilões.
Ainda não há comentários.
Veja mais:
TCE debate impacto das moratórias da soja e da carne nas desigualdades regionais
É na desgraça que se conhece o benfeitor
Tributação, segurança jurídica e IA: tendências e perspectivas no mundo jurídico
O peso dos idosos na balança eleitoral
Entrega de asfalto e miniestádio: Kalil destaca R$ 13 mi em investimentos
Governo federal publica nova MP com crédito de R$ 12 bi para o RS
Trabalho, produtividade e saúde das mulheres
Com retorno de chuva forte no RS, população deve buscar áreas seguras
157 anos de VG: programação conta com missa e destaca Dia das Mães
Emanuel entrega mais 13 ônibus e confirma frota 80% climatizada