Por Lucas Neiva - Portal Congresso em Foco
A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta terça-feira (6) o recurso do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), contra uma denúncia encaminhada em 2019 pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeitas de participação em esquema de pagamento de propina. Lira era líder do PP na época.
O presidente da Câmara é acusado de, em 2012, ter recebido R$ 106 mil em propina do então presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos, Francisco Colombo. Segundo a denúncia, um de seus assessores foi enviado ao Rio de Janeiro para buscar o valor em espécie, e tentou esconder o valor em suas roupas ao retornar para Brasília. Lira entrou com recurso contra a ação em 2019, e o caso ficou suspenso desde então.
A defesa de Lira argumentou a falta de provas válidas. A denúncia partiu de uma delação premiada do doleiro Alberto Yousseff, alvo inicial da Operação Lava Jato. O parlamentar ainda afirma que Yousseff teria a intenção de prejudicá-lo. As trocas de mensagens entre o deputado e seu assessor, porém, são vistas como possíveis provas pelo STF.
A natureza da denúncia, para a vice-procuradora-geral Lindôra Araújo, seria motivo suficiente para sua revogação. A primeira turma, porém, tem maioria formada pela abertura do processo. Resta ainda o voto do ministro Dias Toffoli, que apresentou pedido de vistas em 2020, um ano antes de Lira ser eleito presidente da Câmara dos Deputados.
AUTORIA
LUCAS NEIVA Repórter. Jornalista formado pelo UniCeub, foi repórter da edição impressa do Jornal de Brasília, onde atuou na editoria de Cidades.
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