• Cuiabá, 12 de Julho - 2025 00:00:00

Dia da Mulher: representantes de MT destacam luta por respeito e direitos


Rafaela Maximiano

No próximo dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Mais que uma data simbólica em homenagem aos movimentos que reivindicavam os direitos das mulheres no mundo, é uma data para se refletir e discutir o papel da mulher na sociedade atual.   

Neste março, mês da mulher, o FocoCidade conversou com sete mulheres que fazem a diferença em Mato Grosso. Em sua essência são esposas, mães, filhas, avós, mas também ocupam espaços importantes e de grande responsabilidade na política, no Judiciário e no social. E, por suas personalidades fortes, conquistas e lutas, são inspirações para outras mulheres.  

São elas, a presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva; a vice-presidente do TJMT, desembargadora Maria Erotides Kneip; a primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes; a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro; a senadora por Mato Grosso, Margareth Buzetti; a deputada estadual, Janaína Riva e a defensora pública, Rosana Leite de Barros.  

Todas compartilharam mensagens empoderadas de incentivo à luta por respeito, direitos e oportunidades iguais. Elas exaltaram outras mulheres que as inspiraram e todas concordam que lugar de mulher é onde ela quiser estar. 

Boa leitura.  

Presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino  

“O Dia Internacional da Mulher é mais que uma data comemorativa. Simboliza a histórica reivindicação pela igualdade de gênero nos direitos e não apenas nos deveres; nos costumes e nas responsabilidades com a família; na economia e na política. Momento de refletir e de honrar as mulheres que nos precederam nessa jornada. A estas mulheres, de ontem e de hoje, o nosso muito obrigada!”  

 

Vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Maria Erotides Kneip  

“Ser Mulher é ser humano em todas as suas dimensões, com todos os direitos igualitários, com direitos humanos preservados, sem nenhuma forma de desqualificação, de menosprezo ou diminuição. Ser humano, ser mulher, significa ser tudo o que ela pode ser, ocupar todos os espações que ela queira ocupar, ser um ser inteiro, integral. Nada nos impede de ocupar os lugares que nós queremos ocupar, nada nos impede de sermos pessoas melhores e de construirmos um mundo muito melhor no qual nós acreditamos.” 

 

Virgínia Mendes, primeira-dama de Mato Grosso e idealizadora do programa SER Família Mulher.  

“Quando pensei no programa SER Família Mulher, em como poderíamos ajudar e encorajar mulheres a sair do ambiente de violência doméstica, pensamos na questão que mais pesa, a financeira.  Com a transferência de renda por meio do cartão SER Família Mulher, as mulheres que precisam desse apoio financeiro terão a chance de recomeçar uma nova vida com segurança, qualificação profissional e a oportunidade de viver com dignidade”.  

 

Senadora por Mato Grosso, Margareth Buzetti  

“O mês de março é o mês de comemoração às mulheres. Subi na tribuna do Senado Federal no último dia 28 de fevereiro para fazer uma indicação ao Governo Federal de um importante programa, o “SER Mulher” que faz sucesso em Mato Grosso e conseguiu atingir todas as mulheres. Um programa de transferência de renda. Porque a mulher vítima de violência precisa ser socorrida com renda. E, esse programa faz essa transferência. Falamos muito sobre violência doméstica e quanto mais se fala, mais a violência aumenta. Por isso a indicação ao Governo Federal para que faça esse programa e atinja todos os estados e municípios brasileiros realmente socorrendo essas mulheres que tanto precisam ser acudidas numa hora que ninguém está olhando por elas. Já pedi para a minha equipe técnica do Legislativo, agendar uma reunião com a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, para que consigamos que esse programa seja um sucesso em todo o Brasil. Parabéns à 1ª Dama Virginia Mendes, por esse programa implantado em todo o Mato Grosso e que realmente atingiu e atende as mulheres vítimas de violência. Feliz Dia das Mulheres a todas nós”.   

 

Márcia Pinheiro, primeira-dama de Cuiabá e idealizadora da Secretaria Municipal da Mulher  

“Neste Dia Internacional da Mulher temos muito a comemorar. Cuiabá hoje é referência em todo o Brasil em políticas públicas para mulheres. Fomos reconhecidos pelo Governo Federal que replicou algum de nossos programas. Também fomos convidados à Brasília, neste novo governo, em menos de 30 dias, para apresentar os nossos projetos para mulheres. Vários estados estão replicando o nosso projeto para os órfãos do feminicídio; centenas de mulheres passaram a ter a sua independência financeira com o programa Qualifica; e tudo isso concentrado em uma secretaria específica para mulher. Então comemoramos esse Dia da Mulher com muita alegria por saber que estamos no caminho certo em promover a justiça social de gênero e, cada vez mais, colocar as nossas cuiabanas em posição de respeito e igualdade”.  

 

Deputada Estadual, Janaína Riva  

“A participação das mulheres em condições de igualdade na tomada de decisões constitui não só uma exigência básica de JUSTIÇA ou DEMOCRACIA, mas pode ser também considerada uma condição necessária para que os interesses das mulheres sejam levados em conta.  

Empoderar-se é o ato de tomar poder sobre si. Dessa forma, também é possível fazer o empoderamento de outros grupos sociais, como o empoderamento negro e até empoderamento dos idosos, por exemplo.  As pessoas oprimidas ou que recebem menos atenção na nossa sociedade, muitas vezes não têm consciência de seu próprio poder, e as mulheres estão incluídas neste grupo. É daí que surge a importância do empoderamento feminino.

As mulheres precisam reconhecer que elas são capazes, para então poder começar a fazer mudanças. Como mulher, mãe e agente política, eu luto diariamente pela garantia de direitos e para corrigir essas desigualdades, mas tenho a consciência de que é um papel de todos nós e uma mudança que precisa ser da sociedade de forma geral.

Mais mulheres nas empresas, nos parlamentos e nos espaços de poder é essencial para que tenhamos uma sociedade e políticas públicas mais justas e inclusivas para todos. O Dia da mulher para mim é um dia de luta e de conscientização sobre a nossa importância e direitos, mas acima de tudo de lembrar o caminho que já percorremos é que ainda temos a percorrer por igualdade”.  

 

Defensora Pública, Rosana Leite de Barros  

“No mês de março muitas pautas são traçadas em prol das mulheres. As perguntas sobre os avanços e desafios são muitas. Avanços? Tivemos muitos no país, com os arcabouços de normas que atuam pelos direitos humanos das mulheres. Todavia, os desafios precisam ser ditos. O grande desafio, a meu sentir, é o crédito que deve ser dado à palavra das mulheres. As mulheres por muitos anos foram desacreditadas em suas vivências. Mas, agora precisamos ter em mente quem são as vítimas, e quem são os agressores quando falamos em violência contra as mulheres. O importante na atualidade é que podemos expressar, verbalizar sobre mulheres e seus direitos, o que antes era defeso.   

Para as mulheres: Não espere uma segunda violência, pois, pode ser tarde demais. Ao menor sinal de violência, de toxicidade no relacionando, o melhor é se afastar. Os feminicídios são delitos anunciados e podem ser evitados com ações do Poder Público, e das mulheres ao fazer a comunicação. Qualquer ameaça dentro do ambiente doméstico e familiar é grave, e deve ser levada em consideração por elas. A independência e estudo das mulheres é muito importante para que não sejam vítimas de violência no futuro. E assim, é importante que o Poder Público ao falar de ‘empoderamento’ das mulheres pense nos vários recortes delas, para que a justiça social seja alcançada, já que vivemos em um país capitalista”. 




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