• Cuiabá, 09 de Setembro - 2025 00:00:00

NOTA DA ASBAI


A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) - por meio de nota, pontua que "vem a público dar apoio à nova estratégia de intensificação da vacinação contra a COVID-19 do Ministério da Saúde que iniciou ontem, 27/02/2023, conforme publicado no Informe Técnico Operacional de Vacinação".

A ASBAI - via nota, acrescenta:

A pandemia de COVID-19, segundo dados da Organização Mundial de Saúde é responsável pela morte de 698.056 pessoas no Brasil e quase 7 milhões de mortes no mundo. Com a vacinação iniciada no Brasil em janeiro de 2021 observamos de forma inegável a diminuição de internações e óbitos pela doença.

As vacinas monovalentes utilizadas desde 2020 tinham maior efetividade no início da campanha vacinal contra COVID-19. As mutações ocorridas no vírus original, para o qual as vacinas foram inicialmente desenhadas, levaram ao surgimento das variantes do vírus e consequente diminuição da efetividade vacinal contra a infecção e hospitalização associada à doença.

Estudos de imunogenicidade e de efetividade demonstram que o uso de doses de reforço com vacinas COVID-19 bivalentes proporciona significante aumento nos títulos de anticorpos neutralizantes e proteção adicional contra infecção sintomática pelo SARS-CoV-2 em um cenário epidemiológico de predominância da variante Ômicron.4,5

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em 22 de novembro de 2022, autorizou de forma temporária e emergencial as formulações bivalentes da vacina BNT162b2 (PfizerBioNTech) COVID-19. As vacinas bivalentes incluem RNAm que codifica a proteína spike da cepa original (ancestral) de SARS-CoV-2 e da B.1.1.529 (Ômicron) e variantes BA.4 e BA.5, sendo autorizadas no Brasil para uso como dose de reforço em pessoas com 12 anos ou mais de idade.

A vacinação dos grupos prioritários tem a recomendação de uso por fases pela disponibilidade das vacinas, seguindo o cronograma:

Fase 1: pessoas ≥ 70 anos; pessoas a partir de 12 anos imunocomprometidos; comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas e vivendo em instituições de longa permanência (ILP); 

Fase 2: pessoas de 60 a 69 anos de idade;

Fase 3: Gestantes e puérperas;

Fase 4: Trabalhadores da saúde;

Fase 5: Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos); população privada de liberdade (a partir de 18 anos); adolescentes cumprindo medidas socioeducativas (menores de 18 anos) e funcionários do sistema de privação de liberdade.

São considerados imunocomprometidos elegíveis para a dose de reforço com a vacina bivalente:

1.     Pessoas transplantadas de células tronco hematopoiéticas ou de órgão sólido;

2.     Pessoas com erros inatos da imunidade;

3.     Pessoas em uso de imunossupressores e/ou de imunobiológicos que levam à imunossupressão;

4.     Pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas e em uso de corticoterapia em dose imunossupressora;

5.     Pessoas com neoplasias hematológicas e pacientes oncológicos que realizaram quimio ou radioterapia nos últimos 6 meses;

6.     Pessoas vivendo com HIV (PVHIV) e

7.     Pessoas com doença renal crônica em hemodiálise.

É importante lembrar que o uso das vacinas bivalentes, no momento, está indicado para as pessoas que já têm o esquema vacinal primário completo com no mínimo duas doses de vacinas monovalentes.

O intervalo para doses de reforço com vacinas bivalentes será a partir de 4 meses da última dose de reforço ou da última dose do esquema primário com vacinas monovalentes. Não há contraindicação à vacinação COVID-19 dos pacientes portadores de doenças alérgicas, lembrando que as vacinas COVID-19 não contêm proteínas do ovo ou do leite. A contraindicação à vacinação é somente para os pacientes com história de reação de hipersensibilidade ao princípio ativo ou aos excipientes da vacina e história de anafilaxia confirmada à uma dose anterior de determinada vacina.

Concluindo, a ASBAI ressalta a importância da vacinação básica contra a COVID-19, assim como os reforços indicados para cada faixa etária e comorbidade, para que não haja o risco do aumento do número de casos e internações pela infecção em nosso país.

Departamento Científico de Imunizações ASBAI




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