Da Redação
Será debatido nesta segunda-feira (23) o projeto de lei 646/2021 - que sugere alternativas em relação à polêmica proibição da pesca "nos entornos da barragem da Usina Hidrelétrica de Manso".
O tema provoca acaloradas discussões, com reação de pescadores.
Assim, a Assembleia Legislativa informa que realiza a partir das 14h de hoje "uma audiência pública na sala 202 do Palácio Dante Martins de Oliveira para discutir o projeto de lei 646/2021 que prevê alternativas ao conteúdo da Lei 11.486 já sancionada pelo governador Mauro Mendes (DEM) que proíbe a pesca nos entornos da barragem da Usina Hidrelétrica de Manso".
A lei que já produz efeitos cria o Sítio Pesqueiro Estadual do Manso e só autoriza a pesca esportiva na modalidade pesque e solte, que é a prática da devolução instantânea do peixe capturado no rio para preservação da integridade.
O debate foi proposto pelo deputado estadual Paulo Araújo (PP) e tem a coautoria dos deputados Wilson Santos (PSDB) e Elizeu Nascimento (PSL).
Os parlamentares reclamam que não houve o devido debate com a sociedade a respeito da lei que altera o limite das margens de proibição da pesca no Manso.
Por isso, avaliam que muitas famílias pobres que vivem exclusivamente de pescar e vender peixes possam ser duramente penalizadas socialmente.
“Queremos encontrar uma alternativa para que o trabalhador não seja penalizado por aquele que deve oferecer as condições mínimas de sobrevivência: o Estado”, explica o deputado Wilson Santos.
A Lei 11.486 sancionada no dia 29 de julho de 2021 já tem gerado indignações de setores ligadas a pesca e meio ambiente.
Um dos exemplos disso é que a Rede Pantanal, coletivo formado por 53 organizações não-governamentais, movimentos sociais, comunidades tradicionais e populações indígenas, divulgou manifesto contrário à Lei Nº 11.486, de 29 de julho de 2021, que proíbe a pesca no rio Cuiabá.
Isso porque a lei proíbe a pesca artesanal nos rios Cuiabazinho e Manso (e “suas drenagens”), o que pode afetar milhares de pessoas que dependem diretamente da atividade como fonte de renda básica.
O documento assinado pela Rede Pantanal afirma que as comunidades impactadas não foram ouvidas e que a proposta não chegou a passar pelo Conselho Estadual de Pesca (Cepesca), órgão com competência para se pronunciar a respeito.
O manifesto afirma ainda que é necessário um debate amplo sobre o tema, já que a pesca “é a atividade que mais gera trabalho e renda no Pantanal e tem se mostrado sustentável ao longo dos anos”.
Com Assessoria
Ainda não há comentários.
Veja mais:
Vice-governador promete fortalecer agro e avançar em investimentos
PC confirma prisão de casal suspeito de torturar crianças
Governo de MT destaca programa SER Família Habitação
Senador Wellington Fagundes assina CPMI da Vaza Toga
Tribunal de Justiça de Mato Grosso alerta sobre golpe do pharming
Inteligência artificial ameaça aprendizado da escrita, alerta autor
MPF alerta que irá acompanhar demarcação da Aldeia Tsõreprè
Em 40 anos, Amazônia perdeu área de vegetação do tamanho da França
Por que Popper ainda importa?
Hora de incluir Taiwan na ONU - Assembleia de 2025 é chance de corrigir desequilíbrio