Da Redação
Após a Justiça Eleitoral ter indeferido seu pedido de registro de candidatura, o ex-governador Pedro Taques ingressou, por meio de sua assessoria jurídica, com recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite de ontem (26).
Taques tenta assegurar o direito de concorrer na eleição suplementar ao Senado. Ocorre que o indeferimento do registro de candidatura se deu por meio de ação de impugnação - pontuada pelo Ministério Público Eleitoral que sustentou inelegibilidade do ex-gestor de Mato Grosso.
Confira as informações sobre o recurso - via assessoria:
A defesa do candidato ao Senado, Pedro Taques (Solidariedade), apresentou na noite desta segunda-feira (26) Recurso Ordinário (RO) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter a decisão de indeferimento da candidatura do ex-governador. Taques teve a candidatura indeferida por ter realizado o mutirão de cirurgias de catarata (Caravana) da Transformação no ano de 2018. No RO a defesa alega que da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda cabe recurso com efeito suspensivo, ou seja, para os advogados,Taques pode concorrer ao Senado nesta eleição suplementar.
No recurso, a defesa de Taques destaca que a legislação aduz que para culminar em inelegibilidade decorrente de condenação por conduta vedada é necessário que a decisão tenha: trânsito em julgado ou seja proferida por órgão colegiado e determinação de cassação do registro ou do diploma. A defesa ressalta que não é o caso de Pedro Taques, já que ele foi condenado e seu recurso sobre a condenação ainda não foi julgado. Com isso, a anotação de inelegibilidade não teria eficácia jurídica.
“Para se atrair a inelegibilidade é necessário que haja condenação expressa de cassação de registro ou diploma, e não a mera suposição de que isso ocorreria caso o candidato tivesse sido eleito (como foi com Pedro Taques), conforme precedente do Tribunal Superior Eleitoral em julgado unânime de relatoria do ministro Gilmar Mendes”, defende os advogados no RO.
A defesa cita ainda decisão do próprio TSE que diz expressamente: as causas de inelegibilidades são de legalidade estrita, não se admitindo interpretação extensiva com vistas a tolher a capacidade eleitoral passiva do cidadão. Lembra ainda palavras do ministro Dias Toffoli “as causas de inelegibilidade consubstanciam restrição aos direitos políticos, não podendo ser declaradas com base em afirmações hipotéticas”.
Os advogados sustentam que somente pode ensejar o efeito reflexo da inelegibilidade um único fator: a cassação do diploma. Caso essa penalidade não seja aplicada, “questiona-se: vai se aferir a inelegibilidade pela gravidade das circunstâncias ou o valor da multa aplicada? Impossível! O critério é objetivo: cassação”, defendem.
Por fim, a defesa alega que já foram opostos embargos de declaração em face do acórdão condenatório, ou seja, da decisão que multou Pedro Taques em R$ 50 mil por ter feito cirurgias de catarata em 2018. “As decisões que importem em cassação só possuem eficácia após o julgamento pela instância superior (TSE) ou com o trânsito em julgado, uma vez que o recurso ordinário detém efeito suspensivo automático (o que também se estende aos embargos)”, defendem lembrando do princípio do duplo grau de jurisdição.
Diante das alegações, a defesa pede que o recurso seja conhecido e que Taques consiga o deferimento de sua candidatura ao Senado Federal. Assinam a defesa de Taques no RO os advogados Lenine Póvoas e Patrícia Naves Mafra.
Com Assessoria


Ainda não há comentários.
Veja mais:
Marcos Tavares propõe aulas na madrugada para trabalhadores
MP lembra comissão para acompanhar aplicação das emendas
Governo reduz para R$ 7,7 bi congelamento de despesas no Orçamento
Vocês estão preparados?
Tribunal de Justiça condena universidade por aumentar mensalidades
Os novos rumos sobre a autenticação e produção das provas digitais
Prisão de Bolsonaro: a decisão de Moraes e o ponto de inflexão do sistema penal
Operação da PM derruba mais um ponto de tráfico de drogas
Imprensa mundial noticia a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro
Prisão de Bolsonaro: governador de MT manifesta solidariedade