Da Redação
A eleição suplementar ao Senado no Estado, contando com 11 candidatos, pontua nesse quadro apenas uma postulante mulher - o que reflete as projeções sobre a parca participação da mulher na política - seja na postulação ou na seara da sub-representação.
Assim, na corrida ao Senado no Estado, a coronel Fernanda (Patriota), faz considerações sobre esse cenário.
Confira:
“É para mudar essa realidade que aceitei disputar uma eleição. Quero incentivar as mulheres a entrar na política, lutar por seus direitos e mostrar que nós temos propostas relevantes que podem favorecer nosso Município, nosso Estado, nosso Brasil”, ressalta a pré-candidata ao Senado por Mato Grosso, coronel Fernanda (Patriota).
Em todo país, as mulheres têm despontado em um nicho historicamente masculino, a política.
Entretanto, quando elas ousam se arriscar nessa área para defender direitos e propostas têm que provar sua capacidade, antes mesmo de ter a chance de chegar ao posto pretendido.
Embora as mulheres representem 52,53% do eleitorado brasileiro, mais de 150 milhões, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a presença feminina ainda é tímida quando se trata de processo eleitoral.
Nas eleições realizadas em 2018, 9.204 mulheres se candidataram a algum cargo no país, um percentual de apenas 31,6% do total de candidatos (29.085).
Desse montante, somente 290 foram eleitas, enquanto 1.391 homens venceram o pleito.
Em resumo, elas alcançaram 17,25% do total de 1.681 eleitos.
Em Mato Grosso, a baixa participação da mulher no meio político se assemelha à estatística nacional.
Dados do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE/MT) apontam que no ano de 2018 foram confirmadas 150 candidaturas femininas e 335 masculinas.
Das 40 vagas disponibilizadas, apenas 05 delas foram ocupadas por mulheres, o que corresponde a 12,5%.
Número pequeno, porém, que cresceu em comparação a 2014, quando o percentual foi de 2,7%.
Outro avanço considerado importante pela militar para fortalecer as candidaturas femininas foi o estabelecimento legal de, no mínimo, 30% das vagas para as mulheres, o que é garantido pela Lei 9.504/1997.
Ainda assim, as mulheres têm diminuta representatividade no Congresso Nacional, chegaram a no máximo 15% das cadeiras na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Dos 81 senadores em exercício, para a 56ª Legislatura (2019-2023), apenas 11 são mulheres, sendo que duas delas pertencem à região Centro-Oeste, ambas eleitas pelo Mato Grosso do Sul.
Com exceção da juíza Selma Arruda, eleita em 2018 pelos mato-grossenses e cassada posteriormente, a última mulher a participar das decisões do Senado Federal foi Serys Slhessarenko, que legislou entre 2003 e 2011.
Em 71 anos, entre as eleições de 1947 a 2018, apenas duas mulheres foram eleitas ao Senado para representar Mato Grosso.
Dentre os 08 deputados federais eleitos pelo Estado, há uma única parlamentar.
A expectativa é de neste ano, o número de candidaturas femininas se eleve em todo país.
Todavia, o volume maior de candidatos do sexo masculino ainda é visível em Mato Grosso, a exemplo dos concorrentes ao Senado, na eleição suplementar de 15 de Novembro, na qual apenas uma mulher disputará o posto contra possíveis 10 candidatos.
Mundo
Em nível mundial, estudos revelam que a situação eleitoral brasileira feminina é bem pior.
Um ranking de participação de mulheres no parlamento elaborado em 2017 pela ONU Mulheres, em parceria com a União Interparlamentar (UIP), apontou que o Brasil se encontra na 154ª posição, entre 174 países.
Com Assessoria


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