Da Redação
Causou comoção no início da noite desta segunda-feira (10) a notícia da morte do artista plástico Adir Sodré, uma das referências da área no Estado e com trabalhos no mercado internacional da cultura.
De acordo com o Estado, ele morreu em sua residência. A gestão da Capital considerou que "segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele teve um infarto no local".
O Governo do Estado e a prefeitura de Cuiabá, por meio de Nota de Pesar, lamentaram o falecimento de Adir Sodré - pontando a trajetória do artista.
Nota de Pesar do Governo
O Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer, lamenta profundamente a morte do artista mato-grossense Adir Sodré. Um ícone das artes plásticas que retrata a cultura regional, Adir faleceu no fim da tarde desta segunda-feira, em sua residência, em Cuiabá.
Ainda não há informações oficiais sobre a causa da morte.
“É uma imensa perda para a cultura mato-grossense. Um homem que sempre esteve além do seu tempo. Um artista com um potencial incrível e que teve sua arte reconhecida, não apenas em Mato Grosso, mas no Brasil e no Museu de Arte Moderna de Paris. Adir Sodré fará muita falta para a nossa cultura e para os amigos e familiares”, destacou o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Alberto Machado, o Beto Dois a Um.
O local do velório do artista, que nasceu em Rondonópolis e tinha 58 anos, ainda não foi informado.
Trajetória
Pintor e desenhista, em 1977, frequentou o Ateliê Livre da Fundação Cultural de Mato Grosso, onde fora orientado por Humberto Espíndola (1943) e Dalva (1935).
Nos dois anos seguintes integrou, com Gervane de Paula e outros artistas, um grupo que procurou renovar a arte mato-grossense. Nessa época, participou de exposições coletivas organizadas pelo Museu de Arte e de Cultura Popular da Universidade Federal do Mato Grosso (MACP/UFMT).
Participou também, entre outras, das coletivas Como Vai Você, Geração 80?, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), Rio de Janeiro, em 1983, e Modernidade, Arte Brasileira no Século XX, no Museu de Arte Moderna de Paris, em 1987. Em sua produção aborda temas relacionados à cultura regional.
Nota de Pesar - Prefeitura de Cuiabá
É com extremo pesar que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, recebeu a notícia da morte do artista plástico mato-grossense Adir Sodré. O pintor e desenhista faleceu na tarde desta segunda-feira (10), em sua própria residência, na Capital. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele teve um infarto no local.
Adir Sodré foi um dos parceiros da Prefeitura de Cuiabá no projeto Cidade Viva, que possibilitou que o cinza do concreto armado de várias estruturas fosse transformado em um colorido que representa o povo cuiabano. O viaduto do Despraiado, por exemplo, foi um dos locais que recebeu toque inspirado de Sodré.
“Infelizmente, perdemos um dos maiores nomes na nossa arte. Adir sempre demonstrou todo seu orgulho por Cuiabá em suas obra. Por meio de suas pinturas, Cuiabá foi transportada para outras cidades, estados e países. Além de um grande artista era uma pessoa muito querida. Nesse momento de dor, nosso desejo é de que o Senhor conforte os familiares, amigos e admiradores”, lamentou o prefeito.
Adir Sodré de Souza nasceu em Rondonópolis-MT, em 1962, e mudou-se para Cuiabá logo aos 15 anos de idade. O artista frequentou o ateliê livre da Fundação Cultura na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde foi orientado por Humberto Spíndola e Dalva Maria de Barros. Sodré é considerado um dos maiores expoentes das artes visuais de Mato Grosso.
Em Cuiabá, sua marca é encontrada em diferentes pontos da cidade. Com uma irreverência inconfundível, suas obras registram todo o regionalismo da tricentenária Capital. Também abordou em sua trajetória a sexualidade e uma temática de protesto com obras ligadas aos povos indígenas e a invasão causada pelo turismo em determinadas regiões do Brasil.
O secretário municipal de Cultura, Francisco Vuolo, também lamentou a morte do artista. “Com imenso pesar recebo a notícia do falecimento de Adir Sodré, um das maiores referências da cultura em nossa história. A sua arte sempre será lembrada e que sua irreverência seja sinônimo de carinho, alegria e respeito para a inspiração da boa arte para as futuras gerações. Meus profundos sentimentos à todos familiares do nosso querido Adir ”, disse.
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