Da Redação
Em reunião ampliada no Palácio Paiaguás na manhã de hoje (25), o governador Mauro Mendes (DEM), e secretários de Estado, como o chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, apresentaram a representantes de sindicatos - leia-se o Fórum Sindical, o texto da reforma da previdência - seguindo o perfil do Governo Federal.
Diante de apontamentos sobre eventuais mudanças - a cargo de integrantes do Fórum Sindical, o Executivo decidiu adiar o envio da matéria à Assembleia Legislativa - devendo ser encaminhada na primeira quinzena de dezembro.
Mendes ressaltou que o intuito é que a proposta seja analisada por todos os envolvidos, e que os sindicatos têm as portas abertas para fazer sugestões que possam colaborar com o objetivo de sanar o déficit da previdência, e garantir as aposentadorias dos servidores no futuro.
“Eu tenho a tranquilidade de que eu estou agindo com isenção, fazendo o que deve ser feito. Não posso deixar o que estava acontecendo em passos largos sem tomar nenhuma atitude, com servidores com salários atrasados, e fornecedores que não recebiam. O esforço necessário para corrigir isto está sendo distribuído com toda a sociedade”, afirma Mauro Mendes.
O Fórum Sindical apresentou o pedido de que o governo adie a reforma da previdência estadual, e que contrate mais servidores por concurso público, e assim, possam contribuir com a previdência estadual e aumentar a arrecadação do Mato Grosso Previdência (MT Prev). O governador concedeu um maior prazo de análise, de 15 dias, e esclareceu que os esforços atuais são justamente para diminuir a folha e enquadrar a despesa com salários na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Se nós somássemos a contratação via concurso, de todos os profissionais que nós precisamos para uma reposição regular em todas as áreas, nós aumentaríamos a folha do Estado em quase 1 bilhão de reais ao ano. Vai ficar mais complicado ainda para que haja uma reposição inflacionária, ou o cumprimento das Leis de Carreira que foram aprovadas”, esclarece.
O governador destaca que a equipe tanto da área financeira, contábil, e da previdência, que elaborou a proposta para sanar o déficit previdenciário, é composta por servidores de carreira que conhecem intimamente a situação fiscal do Estado, e por isso, apontam soluções técnicas mais indicadas para garantir as aposentadorias.
Conforme o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, "o governo sempre esteve aberto ao diálogo com todos os setores da sociedade, e que esta reunião serviu para que fosse apresentado aos servidores os pontos importantes e a necessidade da mudança nas regras previdenciárias".
“Fizemos uma apresentação para todos os representantes do Fórum Sindical. Nessa reunião, o governador abriu essa possibilidade de 15 dias para que realmente eles estudassem a proposta, e estamos abertos a ter várias reuniões com o Fórum Sindical. No final dos 15 dias, faremos uma nova reunião para debater tudo o que foi discutido neste tempo”, explica.
A proposta
A reforma estadual apresentada ao Conselho da Previdência de Mato Grosso prevê mudanças que seguem as regras da reforma da previdência para os servidores federais - a Emenda Constitucional 103 de 2019.
O principal ponto da reforma prevê o aumento da alíquota de contribuição previdenciária dos servidores de 11% para 14%, que não apresenta novidade ao funcionalismo, já que a mudança deverá ser feita obrigatoriamente, já que nenhum estado poderá manter para os servidores uma contribuição menor do que a do governo federal. Ao todo, 15 unidades da federação já ajustaram a alíquota.
Segundo o Executivo estadual, "a expectativa é que, com a reforma, o déficit da previdência de cerca de R$ 1,4 bilhão previsto para 2020, seja zerado, e sobraria R$ 600 milhões para ser investido. No entanto, em 10 anos, a previdência voltaria a apresentar déficit acumulado de R$ 6 bilhões. Sem a reforma, o montante chegaria a R$ 31 bilhões em 10 anos".
Com Assessoria
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