• Cuiabá, 19 de Outubro - 00:00:00

70% das empresas familiares encerram suas atividades após morte do fundador, aponta pesquisa


Da Redação

Empresas familiares geram 65% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e empregam 75% da força de trabalho. Isto, além de representarem 90% dos empreendimentos no país. Por outro lado, pesquisas revelam que 70% dessas companhias encerram suas atividades após a morte do fundador. Os dados são de um levantamento do Sebrae e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O motivo é simples: muitas empresas familiares não conseguem sobreviver à sucessão de liderança por não contarem com planejamento jurídico e práticas de gestão adequadas. Diante desse cenário um pouco pessimista, a governança corporativa surge como uma resposta positiva para solucionar alguns conflitos e contribuir para a perenidade no agronegócio.

Conforme explica a presidente do Grupo Valure, a coach e mentora de gestão Lorena Lacerda, a governança corporativa pode ser compreendida como um sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas – envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.

"Boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de curto, médio e longo prazo da organização – facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum", comenta.  

Lorena complementa que entre os princípios básicos da governança corporativa estão a transparência, a equidade, a prestação de contas (accountability) e a obediência às leis do país (compliance). "Muitas instituições já estão experimentando o poder da gestão e da governança em seus negócios e sentem na pele o quanto isto tem agregado para que obtenham melhores resultados", pondera.

Inclusive, a coach e mentora de gestão alerta que assegurar um processo sucessório estruturado e tranquilo requer tempo. "Você não prepara um sucessor em um ou dois anos. Você prepara em cinco anos. Este tem sido o grande ponto. Muitos fundadores de empresas querem fazer a sucessão, mas não começaram o processo quando deveriam – e, portanto, não possuem sucessores preparados na família para continuar o processo de crescimento e desenvolvimento sustentável", sinaliza.

Serviço

Em Cuiabá, a Fundação Dom Cabral (FDC) realizará – nos dias 1 e 2 de agosto – seu programa de "Governança Corporativa em Empresas Familiares". Com módulo único, a atividade – que contará com carga horária de 16 horas – reunirá fundadores, sócios, sucessores e herdeiros das diversas gerações de empresas familiares que estejam atuando ou não nos negócios familiares, bem como administradores e gestores que atuam nessa vertente.

Considerada a 10ª melhor escola de negócios do mundo em 2019 pelo jornal britânico Financial Times, a FDC foi criada em Belo Horizonte em 1976 e tem como missão a educação executiva, com atividades no Brasil e no exterior. Em Mato Grosso, a Fundação Dom Cabral é associada ao Grupo Valure. 

 

Com Assessoria




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