Da Redação
Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Gilberto Giraldelli, considerou a meta de “uma gestão transparente, focada nos avanços de julgamentos de processos", e assinalou, em coletiva à imprensa, o desafio de eventual nova eleição em Mato Grosso, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirme decisão pontuada no órgão que cassou por unanimidade o diploma da senadora Selma Arruda (PSL) por caixa 2 e abuso de poder econômico.
Giraldelli e o vice-presidente e corregedor regional eleitoral, desembargador Sebastião Barbosa Farias, assumiram na manhã desta sexta-feira (26) o comando do TRE de Mato Grosso no biênio 2019/2021.
O presidente considerou ser natural a senadora recorrer da decisão do TRE. “Vejo com naturalidade, até porque é uma senadora eleita, ela teve expressiva quantidade de votos e vejo com naturalidade que ela recorra ao TSE, que vai rever a decisão que poderá em duas opções: mantê-la ou reforma-la. Então a princípio não vejo nada de diferenciado nessa questão. É um direito que ela tem e que deve ser exercido”.
Em relação às declarações da senadora de supostamente ter sido vítima de “perseguição política”, o presidente do TRE frisou a compreensão sobre o momento que aflora “as emoções” da parlamentar.
“Fica difícil falar porque essa questão de perseguição política é uma coisa muito aberta. Não posso comentar em cima de uma coisa bastante superficial, bastante genérica. Acho que é emoção dela, é compreensível do momento que ela tenha passado por essa situação, mas acho que o melhor caminho é que essa questão seja submetida ao TSE, que ela exerça com plenitude o seu direito de defesa, e seja lá a decisão que for dada pelo TSE nós estamos aqui para acatá-la, até porque é o que compete ao TRE.
O corregedor emendou que “qualquer decisão vamos encarar como natural e vamos cumpri-la. Não tem nenhum problema. Ela tem o direito de na Tribuna falar o que quiser e a decisão caberá ao final ao TSE, então vamos aguardar”.
Custo de eventual nova eleição
O presidente do TRE também destacou o custo de nova eleição no Estado, em torno de R$ 8 milhões, e o planejamento a ser feito relativo a estrutura e logística que requer envolvimento macro da Justiça Eleitoral.
“Se houver necessidade, uma eleição dessa, ela vai ser diferente do que aquela que você anula uma eleição municipal num determinado município. Essa não. Essa vai se dar no Estado todo. Ela praticamente vai mobilizar toda a mesma estrutura, toda a logística, porque embora você vá obter um único voto, que seria o voto ao cargo de senador, mas você tem que ter toda estrutura montada. Então realmente não fica barato não. Segundo as informações aqui, na faixa de R$ 8 milhões”.
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