Da Redação
O presidente da Câmara de Cuiabá, Misael Galvão (PSB), mandou duro recado ao governador Mauro Mendes (DEM) em relação à Santa Casa, passando pela crise de serviços paralisados. Em recente entrevista, o governador disse que seu olhar está sobre todos os municípios e não somente a Capital, devendo o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) resolver o problema.
No artigo "Santa Casa: um problema de todos", Galvão lembra ter sido aliado de Mendes, e pontua ser "seu amigo", mas na defesa de que o Governo ajude a Capital, no comando de Emanuel Pinheiro, o vereador cobra providências imediatas do Executivo estadual.
Em trecho do artigo assinala que "ao contrário do que Mauro Mendes anda afirmando em entrevistas, é sim dever e responsabilidade de todo e qualquer gestor público aumentar e não diminuir a capacidade de atendimento da rede pública de saúde, que vive uma situação bastante delicada em Mato Grosso. Ainda mais quando este gestor é nada mais nada menos do que o governador do Estado. Seria desnecessário dizer, mas diante desta situação, é preciso lembrar que de cada 10 pacientes acolhidos pela Santa Casa, 7 não são de Cuiabá. Isto é, 70% do atendimento ali feito vem de outros municípios de Mato Grosso".
Em outra observação, assevera que "falta atitude. Falta coragem. Falta responsabilidade. Falta fazer o dever de casa. É preciso descer do pedestal e chegar até quem está clamando por Saúde. É preciso deixar a palhaçada e o veneno de lado e apertar as mãos."
O presidente da Câmara Municipal alfineta Mendes: “ao dizer que, enquanto prefeito, não deixou a Santa Casa fechar, o hoje governador Mauro Mendes acaba, que indiretamente, elogiando seu antecessor, Pedro Taques, que mesmo diante de todas as dificuldades, nunca se furtou da responsabilidade de manter uma unidade de saúde, ainda mais do porte deste hospital.”
Lembrou ainda o contexto dos R$ 82 milhões a título de emendas da bancada ao Governo Pedro Taques, que não repassou a Cuiabá, e no final de sua gestão, firmou acordo de parcelamento, projetando a Mendes a tarefa de honrar. Mendes por sua vez, reagiu ao acordo e resiste ao cumprimento ao considerar não ser de responsabilidade do Executivo o repasse “não cumprido por Taques”.
“Muito provavelmente, o município de Cuiabá conseguiria, sozinho, colocar o pagamento dos salários dos valorosos colaboradores em dia e quitar despesas com diversos prestadores, se o Estado, governado hoje por Mauro Mendes, repassasse os valores devidos à Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Sem contar os R$ 86 milhões em emendas pendentes, o governo deve nada mais, nada menos, do que R$ 76 milhões.”
Ao finalizar as "pontuações", o vereador destacou que “do mesmo modo, o prefeito também tem tentado viabilizar recursos para a reabertura deste importante hospital. Tenho certeza de que, se o governo estadual quiser, a situação será resolvida rapidamente. A Santa Casa é de todos, cuiabanos e mato-grossenses”.
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