Da Redação - FocoCidade
A Justiça Federal decidiu em favor dos municípios mato-grossenses na ação que visa garantir o envio do relatório dos gastos em educação para o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), sistema eletrônico operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O juiz federal da 3ª Vara de Mato Grosso, Cesar Augusto Bearsi, confirmou a decisão, em caráter liminar, emitida em janeiro deste ano, que também determinava a não inclusão de 90 municípios no Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (Cauc), o que impossibilitaria essas prefeituras de receber recursos da União e a celebração de novos convênios com órgãos federais.
O mandado de segurança foi impetrado pela Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM, uma vez que as prefeituras não estavam conseguindo enviar o relatório referente ao 6º bimestre de 2017, por que começaram o ano com mais de 5% do valor do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - Fundeb em conta bancária, o que é proibido pela legislação.
Para o presidente da Associação, Neurilan Fraga, a decisão garante segurança jurídica aos municípios que poderiam ser penalizados mesmo sem ter cometido qualquer ato irregular. “Os gestores se empenham para aplicar de forma eficiente e dentro da legalidade os recursos da educação. Seria injusto que esses municípios fossem inscritos no Cauc, afetando principalmente a comunidade escolar”, ressaltou.
Na ação, a Coordenação Jurídica da AMM alegou que os municípios foram prejudicados pelo repasse atípico do Governo do Estado, que foi quatro vezes maior que a média, em relação às transferências efetuadas nos meses anteriores.
A instituição também argumentou que a transferência ocorreu no dia 27 de dezembro, dando apenas quatro dias para as prefeituras aplicarem os recursos. “Argumentamos no processo que o envio de 90 municípios para o Cauc é uma medida desproporcional e excessiva, uma vez que não seria possível aplicar corretamente os recursos do Fundeb em apenas quatro dias antes de terminar o ano”, assinalou a coordenadora jurídica, Débora Simone Faria.
A Associação também protocolou representações em órgãos de controle externo e fiscalização, como Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa, solicitando que fossem realizadas investigações. O pedido resultou na instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na AL, para investigar a aplicação dos recursos do Fundeb em 2017.
Com Agência AMM

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