Cláudio Cordeiro
Vale lembrar sempre que quem decide as eleições são as pessoas mais simples, são a maioria , a dona Marlene do bar, o Ditinho cabeleireiro, o Joel entregador. Eles acessam freneticamente as mídias sociais e esse é o formato que irei tecer alguns comentários neste artigo.
A maior missão e dificuldade do profissional de marketing digital durante a campanha eleitoral não é o tempo que temos para trabalhar com o candidato a qual sabemos que é muito curto, não é o tecnológico a qual o candidato deveria ser e na maioria das vezes não é, e por fim nem o budgetque nunca alcança o patamar ideal e sim CULTURAL, isso mesmo , a maioria dos políticos brasileiros não gostam de dar satisfação ao eleitor, daí a dificuldade de desempenharmos um bom trabalho. É por isso que aparecem os charlatões, os picaretas durante as campanhas oferecendo milagres, milhões de curtidas em poucos horas, milhões de disparos para mailings que não levam a lugar nenhum e por aí vai. Você já deve ter encontrado vários por ai, pois é muito comum.
Já aconteceu comigo várias vezes de um candidato inserir na campanha um sobrinho , uma nora ou até mesmo um profissional que entende pra caramba de mídias sociais , de Google, de site, porém ele esquece que a pessoa tem que entender de um arcabouço de informações e de critérios políticos , critérios esses que nos da a visão do que querem os eleitores , da segmentação e do conteúdo em relação ao planejamento do contexto da campanha.
Pra que que serve o marketing politico nas redes sociais? Relacionamento? Fã? Aumentar as curtidas? O número de jóinha? Não, serve pra conseguir voto. Serve pra você aumentar o seu prestígio, que será convertido em voto.
Gente de uma vez por todas esqueçam, bom dia, boa tarde , boa noite, bom final de semana, afff, isso não agrega, só incomoda, a gente tem que ser diferente, temos que sempre contar uma história, criar engajamento e conversão com o eleitor, essa é a missão. Temos que falar da realidade do eleitor, algo que agregue a ele, que resolva o problema do eleitor. Temos que trafegar sobre o desejo e a ótica do eleitor.
O que o eleitor quer? Ele quer saber o que o candidato vai fazer pra melhorar a vida dele, ele quer saber a história do candidato, ele quer saber sua opinião sobre os temas atuais e qual é a sua trajetória, sobre a vitória em sua carreira, como o candidato fez pra chegar lá.
Um site bom, tem que ser um site blog na plataforma WordPress, já testado, responsivo, que integre as mídias sociais e converse com o Google e nada mais, o site do Mauricio Macri pode ser um exemplo. O site tem que tem, quem sou, o que penso, e o que farei (propostas), site pra governador. Não é porque um site cabe muita coisa que devemos lotar com tudo que aparece apenas para satisfazer o ego da militância.
Saber as diferenças sobre as mídias sociais e sua aplicabilidade este é o segredo, não adianta fazer um filme e colocar no face e usar o mesmo no YouTube, pois são canais totalmente diferente, com propostas totalmente diferente. O YouTubeé concorrente do face, então terá muito pouca indexação , daí o que importaé subir o vídeo pelo próprio face e com caracteres para indexar com o Google e principalmente respeitar o modelo do facebook, entre outros. Não podemos esquecer , mais o vídeo tem que ser bom, essa coisa de que vídeo pra internet tem que ser feito de qualquer maneira isso não existe , tudo tem que ser pensado e produzido e aqui vai uma dica especial, lembre sempre dos conceitos de Paul Joseph Goebbels e de Jean MarieDomenach (importantíssima leitura e conhecimento, eu recomendo.), pois tudo depende da narrativa , tudo depende da história que você conta, pois vocêdever levar entretenimento deve desenhar uma narrativa. Quem fez isso muito bem é o Crivella.
O que não fazer na mídias sociais: compra de seguidores, pois isso não dá engajamento além de ser muito prejudicial, a qual é rechaçado pelo algoritmo do Google bem como peloEdRank do face(http://fernandarabaglio.blogspot.com/2013/05/o-que-e-como-funciona-o-ed-rank-do.html ), gente e isso acontece mais do que vocês pensam. Outra coisa, a compra de mailing, emkt, sms, whatsapps,... pois você tem que fazer um trabalho de coleta e saber o que ele quer de forma segmentada.
Efeito Groundswell, isso é mais realidade do que nunca, as pessoas entram no face indiscriminadamente, toda hora, quando acordam, antes mesmo de se levantarem, e acabam criando uma corrente, a principal ideia do livro é o conceito do título (Groundswell), que explica um dos principais fenômenos da web atual: a viralização e o descontrole da disseminação.A internet móvel é a primeira tela de todo mundo, daí o mobile é o foco.
O Instagram,é mais imagem que texto, público mais jovem e serve muito para humanizar a mensagem. Já o twitter, a maioria vai achar difícil, a ferramenta é importante porém pouco usada em Mato Grosso.
Para finalizar, alguns conceitos e preceitos que devem nortear todos os estudos, planejamentos e direcionamentos numa campanha majoritária ou proporcional:
Diferenciais;
Arquétipo;
Visão do candidato;
Qual a essência?;
Porquese tornou um político?;
Qual o valor do candidato;
O que você espera do futuro?;
Qual o tom de voz será usado na internet?;
Semântica;
Quais são os regionalismos?;
Quais são os jargões?;
Quais são as citações;?
Quais são as referências?;
Quais são as argumentações?;
Quais são os procedimentos?;
Quais são os conteúdos?;
Qual o objetivo?;
Qual é seu público
Qual o comportamento do eleitor?;
Qual canal?;
Qual segmento?;
Lives?;
Chatbot?;
Entrevistas com blogueiros?;
Instagram?
Cláudio Cordeiro é Publicitário/Marqueteiro/Advogado - Publicista do Festival Internacional de Propaganda-ALAP - Diretor da Gonçalves Cordeiro - Membro da ABCOP/FENAPRO/SINAPRO-MT.


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