Da Redação - FocoCidade
O Ministério Público Estadual (MPE) solicitou ao Governo do Estado que analise a possibilidade de realizar mudanças no projeto relativo ao Complexo da Salgadeira, pontuando a ampliação dos locais de banho.
Também sugeriu instalar quiosques no local, caso não seja viável a construção de mais um restaurante além do aumento de vagas no estacionamento para evitar a invasão de carros no entorno do Parque Nacional e a extorsão dos conhecidos “donos de estacionamentos”. A análise de melhorias do MPE ocorre após inspeção realizada nas obras do Complexo da Salgadeira.
Outro problema apontado pelo Ministério Público diz respeito aos locais de banhos, que ainda estão pendentes de confirmação por estudo. O promotor de Justiça Joelson de Campos Maciel alertou que a demanda existente na Salgadeira é grande e que a quantidade prevista no projeto é tímida se comparado ao número de pessoas que costumam visitar o local.
As observações resultantes da inspeção realizada pelo MPE no dia 01/12 constam no ofício 69/2017 encaminhado ao secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos, em 05 de dezembro. No documento, o promotor de Justiça afirmou que, por ora, está satisfeito com o andamento das obras.
Alertou, no entanto, que o projeto em si está subdimensionado em relação ao fluxo diário de pessoas esperadas. Destacou que os principais rios da baixada cuiabana, e seus tributários, estão praticamente imprestáveis para banho devido ao alto volume de poluição advindo principalmente da rede de esgoto.
Lembrou que a principal opção de lazer existente na região, que seria o Lago do Manso, além de distante da cidade de Cuiabá e sem acesso de transporte público, já foi loteado por grandes empreendimentos de condomínios horizontais e demais propriedades de pessoas de alto poder aquisitivo, o que impossibilita o acesso da população mais carente ao local.
“Reiteramos que, o Ministério Público se posiciona ao lado do meio ambiente e do seu uso sustentável, e, uma vez dada a oportunidade de acesso às pessoas ao local de beleza ímpar e rara, não oportunizando as duas principais atividades recreativas que buscam (banho e comida), as obras do Complexo da Salgadeira poderão se tornar obsoletas dentro de um curto espaço de tempo e o caos poderá voltar a reinar naquele local, o que não queremos que aconteça novamente”, alertou o promotor de Justiça.
A inspeção realizada pelo Ministério Público no Complexo Salgadeira teve como objetivo averiguar o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre a 15ª Promotoria de Justiça Cível de Defesa do Meio Ambiente e o Estado de Mato Grosso, com vistas à revitalização daquele ponto turístico, homologado nos autos da Ação Civil Pública nº 847-21.2010.811.0082 (Código: 11022), em trâmite na Vara Especializada do Meio Ambiente. (Com assessoria)
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