“Antes de pensar em mudança de partido, o governo precisa capitalizar dividendos eleitorais neste último período de governo. Para tal é necessário planejar ações e planos de governo, com o fim de dar maior visibilidade a própria administração”. Essa é a avaliação do analista político Lourembergue Alves acerca da possibilidade de o governador Pedro Taques se desfiliar do partido.
Taques e o presidente do PSDB de Mato Grosso, deputado federal Nilson Leitão estão em rota de colisão, abrindo espaço para movimentações que poderão selar outra plataforma nas Eleições 2018.
Para Lourembergue Alves, “o governador, a meu juízo, trabalha para abrir a sua própria caminhada rumo a recandidatura. Tentativa que não é fácil, até em razão dos próprios desacertos do governo e do governador. Um governo não é só o chefe do Executivo, mas também o conjunto de seus auxiliares diretos”.
O analista aponta falhas na administração. “Acontece que o governador escolheu muito mau seus auxiliares e montou uma equipe ruim. Ocorreram algumas trocas, porém o secretariado continua ruim. Ruim a ponto de não fazer uma leitura correta do governo e do cenário. É isto que se coloca como obstáculo na caminhada da reeleição.”
Migração ao PPS
“Portanto, pouco importa a migração do Pedro Taques para o PPS, por exemplo. Até porque o PPS perdeu espaço na arena político - eleitoral do Estado, tendo como grande estrela o ex-prefeito Percival Muniz, que perdeu terreno inclusive em Rondonópolis, com a vitória eleitoral do José Carlos do Pátio. Esta suposta migração não favorece sequer na sedução de antigos aliados, a não ser apenas o ex-prefeito”, disse.
A filiação a outra legenda não deve assegurar mudança de posição de eleitores contrários ao atual Governo, assinala. “A migração também não será capaz de fazer com que uma parte do eleitorado, agora propenso a votar contra, resolva aderir a campanha do governador. A mudança de camisa ou de bandeira partidária não esconde os desacertos registrados e os descontentamentos existentes”.
Planejamento de ações
“Antes de pensar em mudança de partido, o governo precisa capitalizar dividendos eleitorais neste último período de governo. Para tal é necessário planejar ações e planos de governo, com o fim de dar maior visibilidade a própria administração. A sorte do governador é que a oposição não possui nenhum nome com desenvoltura eleitoral, ao menos até o momento. Isto pode ser favorável ao governador”.
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