Da Redação - FocoCidade
Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (26), no Palácio Paiaguás, o governador Pedro Taques (PSDB) apresentou a representantes dos Poderes Constituídos um "mapa da crise" nos cofres públicos, que provoca o atraso no repasse de recursos, leia-se o duodécimo. Com arrecadação em queda, o Executivo deposita nos repasses a cargo do Governo Federal a alternativa para amenizar a problemática de falta de fluxo financeiro no caixa de Mato Grosso.
O Governo destacou disposição para sanar as pendências, mas deixou claro que não há solução imediata para resolver o quadro total de atrasos. Assinalou ainda pedido de compreensão dos Poderes para o momento de extrema dificuldade orçamentária. O Executivo ressaltou que fará repasse aos Poderes, garantindo pagamento de obrigações como salários de servidores, mas não definiu data, considerando os esforços do Executivo para encontrar solução.
O secretário de Fazenda, Gustavo Oliveira, destacou a posição do Ministério da Fazenda de que Governo Federal dificilmente oferecerá ajuda financeira aos Estados neste momento e citou os investimentos assegurados pelo Governo de Mato Grosso até o final do ano.
“Nós temos no cenário previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA), repasses programados entre os que estão em atraso e os que deverão ser feitos até o final ano, em torno de R$ 770 milhões a repassar aos poderes. Isso precisa ser programado financeiramente para que o Estado e os poderes não entrem em colapso financeiro”, afirmou o secretário.
Também foram colocadas em pauta as principais necessidades financeiras dos poderes em áreas essenciais e os efeitos da aprovação da PEC do Teto de Gastos nas finanças públicas nos próximos anos.
“Tudo isso foi uma avaliação positiva de que os problemas estão sendo enfrentados e que as soluções propostas combatem os problemas, mas que a recuperação definitiva só virá quando a União retomar a capacidade de apoiar financeiramente os estados”.
O secretário garantiu ainda que os repasses atrasados estão na programação. “Nós programaremos o tesouro para fazer os repasses necessários para que os poderes honrem com sua folha de pagamento, podendo esperar a chegada de 350 milhões do Auxílio Financeiro de Fomento às Exportações (FEX). Também há alguns recursos extraordinários previstos de agora até o final do ano, para que não haja problemas de custeio ou no adimplemento da folha”, concluiu.
Em relação ao recebimento do FEX, assim como nos anos anteriores, o governador Pedro Taques tem trabalhado em Brasília, junto com a bancada federal, pelo recebimento do valor ainda este ano.
“O governador irá a Brasília, na próxima segunda-feira (30.10), cobrar agilidade do FEX e também a emenda da Saúde, que pode ser aporte para o custeio das despesas. Ele irá se reunir com todos os senadores, deputados federais e o prefeito da capital”, pontuou o secretário chefe da Casa Civil, Max Russi.
Segundo o secretário, o momento é de harmonia entre os poderes e tudo está sendo mostrado de forma transparente. “Os poderes, tanto a Assembleia Legislativa, quanto o Tribunal, têm ajudado muito o Poder Executivo. Eles estão vendo as dificuldades em suas instituições e querem ajudar o Estado a passar por esses dois meses, que serão os mais difíceis para nós”, finalizou Max Russi. (Com assessoria)
Ainda não há comentários.
Veja mais:
Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,86%
Senador reforça fala de ministro: cadê o equilíbrio entre Poderes?
Moratória da soja: decisão do STF cita defesa feita pelo presidente da ALMT
Operação integrada da Polícia Civil prende membros de facção no RJ
Alerta do Estado: Ciosp registra mais de 16 mil trotes em sete meses
PM confirma prisão em flagrante de suspeito de feminicídio
O problema do mal
Código Eleitoral divide Senado com voto impresso e outras polêmicas
Operação da Polícia Civil prende advogado no interior de MT
A urgência de uma ação decisiva da ONU para garantir a inclusão e a proteção de Taiwan