Governador Pedro Taques (PSDB) criticou a postura do Ministério Público Estadual (MPE) no campo dos grampos ilegais, mais especificamente em relação às ações a cargo do desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri.
No procedimento investigatório criminal contra o promotor de Justiça, Mauro Zaque, arquivado em decisão do Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO), Taques pontua que "quer registrar também sua surpresa com a total omissão do MPE em não tomar providências legais contra o que considera um juízo universal, vez que o Desembargador do TJMT está praticando uma ilegalidade investigativa na condução das investigações, trazendo para si casos que não são de sua competência”.
A reclamação do chefe do Executivo estadual e atém ainda aos magistrados que autorizaram a execução de interceptações, que teriam sido maquiadas em escutas clandestinas a cargo membros da Polícia Militar. Taques assinala “que não entende também como não estão sendo tomadas providências em relação aos juízes que deferiram as medidas e em face dos Promotores, enquanto os policiais militares estão respondendo a ações de improbidade e continuam presos”.
O procedimento criminal instaurado contra o promotor de Justiça Mauro Zaque visava apurar a suposta prática dos crimes de falsificação de documento público, prevaricação e denunciação caluniosa na "grampolândia". A investigação foi instaurada com base em representação efetuada pelo governador logo após as denúncias da prática de “barriga de aluguel” terem vindo à tona.
Conforme o MPE, ficou constatado que realmente houve o cancelamento, a retirada dos dados originais e a inserção de documentos estranhos no sistema eletrônico de protocolo, mas que foram praticados por outras pessoas.
Além de descartar a participação do promotor de Justiça, na promoção de arquivamento enviada ao Poder Judiciário o MPE requereu que cópia integral dos autos fosse encaminhada à Procuradora-Geral da República.
Foi pedido, ainda, a remessa dos autos ao Naco Cível da Procuradoria-Geral de Justiça para apuração de eventual ato de improbidade administrativa cometida em tese pelo chefe do Poder Executivo, além da juntada de cópia ao inquérito policial conduzido pela delegada de Polícia Ana Cristina Feldner para apurar eventuais atos criminosos praticados pelos ex-secretários Paulo Cesar Zamar Taques e José Adolpho de Lima Avelino Vieira, que estiveram à frente da Casa Civil do Estado.


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