Superior Tribunal de Justiça autorizou abertura de inquérito para investigar a seara de grampos ilegais em Mato Grosso. Se antecipando aos fatos, o governador Pedro Taques (PSDB) ingressou o pedido junto ao STF na segunda-feira (25), numa estratégia que visa retirar a competência de investigações em inquéritos a cargo do desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri.
Já havia sido instaurada uma sindicândia no STJ acerca do caso, para investigar suposto envolvimento de Taques. Assim, o governador pediu a conversão em inquérito.
Por meio do Facebook, no final da noite de quarta-feira (27), o chefe do Executivo estadual informou a decisão do STJ pela abertura.
“Acredito que todos estejam acompanhando o caso popularmente conhecido como ‘escândalo dos grampos’. Desde que essa denúncia veio a público, tenho envidado todos os esforços para que isso seja esclarecido o mais rapidamente possível. As primeiras investigações partiram de dentro do próprio governo, sob o meu comando. E assim será até que tudo seja elucidado.”
Taques lembrou que “já foi aberta uma sindicância no STJ (Superior Tribunal de Justiça) que no “juridiquês” significa que a denúncia ainda está em fase de verificação da procedência para, em caso afirmativo, abrir um INQUÉRITO. No entanto, solicitei nesta segunda-feira (25 de setembro de 2017), a IMEDIATA ABERTURA DESSE INQUÉRITO, acatado hoje (quarta-feira, 27) pelo STJ”.
Pontuou sua meta de ser investigado pelo STJ, destacando sua luta no combate à corrupção e por fim, considerando o temor de “vir a ser julgado arbitrariamente”.
"Trocando em miúdos, eu mesmo pedi ao STJ que me investigue. Quem me conhece e conhece a minha história, sabe que sempre defendi que ninguém está acima e nem abaixo da Lei, o que significa que ninguém pode ter vantagens por exercer cargo público, mas que também não pode ser arbitrariamente “julgado” por quem não tenha a competência de julgar de acordo com a Lei", assinalou Taques.
O governador acentuou ainda seu receio de que o caso venha a ser usado de forma “politiqueira”.
“Tenho plena convicção de que nada devo a respeito desse caso. Quero que a investigação formal seja feita para acabar de vez com essa história, que infelizmente vem sendo utilizada de forma “politiqueira” e vil, tentando me imputar de forma mentirosa essa acusação, criando uma cortina de fumaça para confundir o cidadão de bem deste Estado, que vem sofrendo as consequências de um passado recente de roubo do dinheiro público. Não há nada mais poderoso do que a VERDADE. E tenho fé que ela prevalecerá, para que o nosso tão amado Estado de Mato Grosso possa continuar a sua transformação.”
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