Paulo Lemos
Estamos no mês do "Setembro Amarelo", em alusão à campanha de prevenção ao suicídio, tendo como data internacionalmente reconhecida de destaque do tema o dia 10 do referido mês.
O suicídio, como sabemos todos, é o ato extremo de atentar contra a própria vida com o escopo de por fim a ela. Diversos são os fatores que podem "contribuir" com tal desfecho inusitado e triste para os amigos e familiares da vítima. Entre os principais, senão a principal motivação, estão os transtornos de humor, como a depressão maior, a bipolaridade etc., mormente quando o paciente está em crise, no cume da manifestação aguda de uma enfermidade que concomitantemente pode ser crônica.
Várias outras comorbidades clínicas na área da saúde mental, para além da depressão maior e da bipolaridade, podem ser responsáveis por conduzir o sujeito até o martírio total ou até uma vida muito difícil de suportar, vide eventos de transtornos de ansiedade generalizada ou obsessivo-compulsivo, caso não tratadas adequadamente, a depender do caso, com psicotrópicos, terapia, psico-educação, técnicas de relaxamento, boa alimentação e atividades físicas, sobretudo aeróbicas, capazes de interferir na produção de hormônios e nas sinapses entre as células cerebrais.
Você já buscou um profissional credenciado da saúde mental? Faz seu tratamento conforme prescrito pelos profissionais habilitados? Procura ter uma vida saudável? Como você está se sentindo agora?
Não deixe de falar sobre seus sentimentos e sintomas psico-emocionais e psicossomáticos. Não exite em procurar ajuda!
Depressão e outras psicopatologias não são frescura. Na verdade, quem pensa tratar-se-á de maneirismo ou vitimização, quando presente alguma doença psíquica, seja de matiz biológica, seja resultado de alguma experiência traumática ou dificuldade de elaborar problemas complexos ou mudanças bruscas na vida, é mais difícil de ser tratado, por a pessoa estar acometida por ignorância e/ou arrogância.
Nas hipóteses de ignorância ou arrogância, os remédios e tratamentos são escassos, sobrando quase que exclusivamente a hipótese de passar por uma situação que fuzile seus preconceitos, abrindo uma brecha para entender o outro, bem como uma oportunidade para se autoconhecer, invariavelmente, conduzindo-o à percepção e compreensão de que também precisa de algum tipo de auxílio na área, não obstante à tomada de uma nova atitude perante a questão, fruto da consciência adquirida, pelo amor ao próximo, ou pela dor própria e personalíssima sofrida e sentida não na pele e na epiderme, e, sim, na alma e no perispírito.
Resumindo o que já for dito: falar sobre os seus problemas e sentimentos, já é um passo importante para aliviar a dor, pressão e inquietude internas; fazer o tratamento adequado é melhor ainda, se necessário e possível, com terapia e medicamentos para cada caso; uma alimentação saudável, nem mais, nem menos, aliada a atividades físicas também ajudam muito, revelam os estudos.
No entanto, o principal me parece ser a vontade de viver. E saber que tudo é possível "Naquele que nos fortalece". Portanto, mantenha o foco, seja forte e não perca a fé. O resto é consequência.
Atire a primeira pedra quem é invulnerável do ponto de vista dos grilhões do inconsciente, das turbulências da mente e das dores do coração.
Espero que a campanha "Setembro Amarelo" seja como um "Ipê Amarelo", que promova contemplação e admiração pelo milagre da vida, afastando-nos da morte.
Paulo Lemos é advogado em Mato Grosso.
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