Onofre Ribeiro
Nessas últimas semanas está muito clara uma turbulência incomum em quase todo o mundo. À primeira leitura, pode parecer que se trata da ordem natural das coisas. Mas, a rigor, não é. Temos no mundo alguns fatos sincronizados como a questão da Coréia do Norte que envolve EUA, Coréia do Sul, Japão, China e Rússia. Riscos gravíssimos tanto para a economia mundial quanto para uma possível guerra localizada na Ásia, com efeitos imprevisíveis. Temos internamente os EUA vivendo uma confusão imensa graças às loucuras do presidente Trump. A ordem jurídica deles está ameaçada, apesar da fortíssima estrutura política e institucional do país. Mas nem mesmo eles estão livres dos governantes loucos.
No Caribe, três furacões varrendo e o terremoto do México. Neste domingo quando os leitores estiverem vendo este artigo, o furacão Irma estará assolando a Flórida. Mesmo um país tão rico é vulnerável à força destrutiva da natureza. Outros terremotos estão previstos nas Américas.
No Brasil, temos uma sucessão enorme de eventos de depuração no campo da política. Tivemos a montanha de dinheiro do Geddel, a sua prisão, a confissão do Palocci detonando o ex-presidente Lula, a denúncia da cúpula do Partido dos Trabalhadores pela Procuradoria Geral da República, a denúncia da cúpula do PMDB por crime de formação de quadrilha, o desmonte da delação de Joesley Batista, o seu pedido de prisão, a denúncia e pedido de prisão do procurador federal Marcelo Miller, acusado de fazer jogo duplo com Joesley e afins, a prisão do esquema da Federação de Vôlei e prisão de Nuzman, o fracasso da caravana de Lula pelo Nordeste.
Em outra época isso seria o bastante pra desestabilizar o país. Ainda mais somando que na próxima semana Lula vai ser ouvido em Curitiba na operação Lava Jato. Mais confusão à vista. Não se sabe, também, quantas confusões novas serão criadas nesta próxima semana. O ambiente sugere muitas loucuras. Mantega pode falar, Geddel pode falar. Imagine-se o terremoto. Muito maior do que o do México, de 8.1 na escala Richter.
Bom, leitor. Quero crer, depois de ler muito a respeito dessa sucessão de “coincidências” catastróficas que o mundo está passando por uma depuração. Cada país vivendo a sua. O Brasil resgata um passado podre da política.
O que virá depois, creia, será um tempo de reconstrução e de pacificação no planeta Terra. Mas é assunto pra outro próximo artigo.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso


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