Da Redação - FocoCidade
Representantes da OAB Seccional Mato Grosso farão defesa, nesta terça-feira (22), em Brasília, da resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que regulamenta as interceptações telefônicas no Brasil. O ato ocorre na Marcha das Prerrogativas, contando entre os principais pontos na ação nacional da Ordem o projeto de lei – aprovado na Comissão de Constituição de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado – que criminaliza a violação das prerrogativas da advocacia.
Às 9h, os profissionais da advocacia reúnem-se com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia. Na ocasião em que será debatido o funcionamento do Poder Judiciário, as seccionais com os casos mais graves deverão apresentar suas proposições.
De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Prerrogativas e Valorização da Advocacia, Jarbas Vasconcelos, uma das pautas que será apresentada na é a Resolução 217 do CNJ, que regulamenta a aplicação da Lei 9.296/96, conhecida como Lei da Interceptação Telefônica.
No fim do ano passado, a OAB oficiou o CNJ questionando o cumprimento da norma. Conforme a resolução, as corregedorias de todos os tribunais devem monitorar, controlar e gerir as interceptações telefônicas e encaminhar um relatório ao corregedor do Conselho, de modo a haver uma gestão nacional.
“Sabemos que essa gestão nacional não ocorre, por isso oficiamos o CNJ para que nos informem sobre essa gestão das interceptações telefônicas que estão sendo feitas”, explicou Jarbas Vasconcelos.
Durante a tarde, a partir das 15h30, a Marcha das Prerrogativas segue para o Congresso Nacional, onde será apresentado um manifesto pedindo urgência na votação da pauta legislativa de interesse da advocacia.
Entre os principais projetos em tramitação, está o que criminaliza a violação as prerrogativas da advocacia.
“O principal objetivo da nossa marcha no Congresso é agradecer o apoio que temos recebido com relação à criminalização da violação às prerrogativas pelo Projeto de Lei 141, do senador Cássio Cunha Lima e relatoria da senadora Simone Tebet e também pedir e conscientizar cada senador e deputado de que isto é um avanço para que as pessoas sejam respeitadas dentro do processo judicial, dentro do inquérito policial. Não é possível nós convivermos com as pessoas indo ao Judiciário assustadas com o que pode lhe acontecer numa audiência e quem garante isso é uma camada legal que proteja efetivamente o livre exercício da advocacia”, declarou Jarbas Vasconcelos.
Durante visita a Cuiabá, na XX Conferência Estadual da Advocacia e XX Semana Jurídica, realizadas na semana passada, ele reforçou o pedido de apoio da bancada federal de Mato Grosso para aprovação do projeto.
“O que acontece é que o lobby da magistratura, do Ministério Público, de delegados, está incentivando que senadores façam recurso ao Senado para postergar o envio desse projeto que já está aprovado na CCJ para a Câmara para ser aprovado. Por isso, a gente está pedindo para as bancadas dos estados, inclusive aqui de Mato Grosso, que os senadores nos apoiem mantendo suas assinaturas. Ao criminalizar a violação das prerrogativas está se protegendo não o advogado, mas o cidadão. Esta lei não é corporativa, corporativo é o pedido de juízes e promotores para que não seja criminalizada a violação das prerrogativas. Nós precisamos sim lutar porque é uma garantia que o cidadão não vai ser torturado na delegacia, é uma garantia que o cidadão será tratado com dignidade no Judiciário e pelo Ministério Público”, finalizou o presidente da Comissão Nacional. (Com assessoria)


Ainda não há comentários.
Veja mais:
Operação Mendacium da PF derruba esquema de fraudes bancárias
PL 4588: o escudo legal do agronegócio
TJ manda plano de saúde pagar cirurgia urgente de criança
Como os Algoritmos Estão Lendo Seus Pensamentos?
Cooperativismo de crédito: um modelo que transforma comunidades
Tentativa de roubo de gado: PM prende três homens em flagrante
Governo de Mato Grosso avisa que expediente será normal na 6ª feira
Operação da PF desmantela tráfico de drogas em Mato Grosso
PM confirma prisão de mulher acusada de matar o marido
Em MT: Gaeco integra operação que derruba núcleo do PCC