Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP), classificou a ocupação da fazenda SM2, do grupo Amaggi, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nesta terça-feira (25), como uma ação política. "Política. Só isso", disparou Maggi em entrevista ao FocoCidade.
O ministro não citou diretamente o PT, mas observou que basta analisar "quem está no comando dessa ação", sugerindo que os protestos tem cunho meramente político com o condão de enfrentamento.
A fazenda fica na BR 163, na altura do quilômetro 94, próxima ao terminal de cargas de Rondonópolis, no Mato Grosso, como assinala o Portal Brasil de Fato. A ocupação faz parte da jornada de luta pela Reforma Agrária realizada pelo MST nesse 25 de julho, data em que se comemora o Dia do Trabalhador Rural.
A reportagem destaca que Idalice Nunes, da direção nacional do MST, pontua que a ocupação serve para denunciar a entrega de terras do Brasil a estrangeiros e que, na região Centro-Oeste, onde há a maior concentração de terras em condições para a reforma agrária, isso não está sendo feito.
"O senador Blairo Maggi é um dos maiores produtores de soja do Mato Grosso e que, além de usar um milhão de litros de veneno em suas propriedades, ainda concentra terra e não permite que a reforma agrária aconteça", justificou Nunes.
Segundo nota do MST, Maggi "exerce a função de ministro para garantir as condições necessárias para o desenvolvimento das suas fazendas e do agronegócio". O texto cita o apoio para autorizar a venda de mais veneno para ser usado na agricultura e a redução das áreas de preservação ambiental, como a Reserva do Jamanxim, no estado do Pará.
O ministro apoiou, por meio da bancada ruralista no Senado, tanto as reformas trabalhistas e previdenciária quanto a medida provisória 759, que tem como finalidade principal regularizar a grilagem de terras e ampliar o mercado de terras usando a titulação definitiva dos assentamentos.
A Jornada Nacional de Lutas também debate as ameaças do governo Temer à luta no campo. O MST faz coro contrário à MP 759, que promove mudanças na lei da reforma agrária, especialmente sobre a titulação dos assentamentos. A Medida abriria a possibilidade de comercialização dos lotes pelas famílias assentadas. (Com Brasil de Fato)


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