• Cuiabá, 18 de Outubro - 00:00:00

Maggi alerta para risco de mercado e enfrenta em Roma política de redução do consumo de carne


Sonia Fiori - FocoCidade

Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse neste sábado (01), em entrevista ao FocoCidade, que tem dois desafios nos próximos dias: defender o consumo da carne em Roma, na segunda-feira (3), durante a 40ª sessão da Conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), e reverter a decisão dos Estados Unidos que suspendeu a importação da carne bovina fresca vinda do Brasil, em viagem que deve ocorrer após o dia 17 deste mês.

Maggi assinala sua preocupação com os debates da FAO, que deverão focar questões como a redução do consumo de carne. A instituição dessa política, em discussões ampliadas nos últimos anos com tese de ser prejudicial à saúde e ao meio ambiente, pode gerar prejuízos sem precedentes no mercado brasileiro, leia-se em Mato Grosso, que detém a posição de maior rebanho bovino comercial do país (aproximadamente 29,5 milhões de cabeças).

“Embarco para Roma amanhã (domingo) à tarde, e vou participar de evento da FAO. Esse evento vai se discutir alimentação, verso meio ambiente e é uma corrente que quer fazer um desestímulo, uma diminuição ou não crescimento do consumo de carne bovina no mundo em função que acham que isso é muito prejudicial ao meio ambiente. Então em função desse assunto estou indo a essa reunião, na segunda-feira e terça-feira, depois retorno para colocar a posição do Brasil, de que somos contrários a essa atitude, a essa direção”, assinalou reiterando que “se a gente não participar do começo das discussões, depois pode ficar tarde”.

O ministro destaca que “já esta valendo o novo procedimento de manuseio e inspeção para evitar os abcessos nas carnes exportadas, e mercado interno”, sendo esse o ponto da decisão dos EU de suspender as importações.

Em Roma, na Conferência da FAO, serão discutidas questões consideradas urgentes, incluindo o Objetivo Global de Fome Zero, Escassez de água, Segurança Alimentar, Clima e a Fome em países afetados por conflito, além de Segurança Alimentar e Nutrição em Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e o Desenvolvimento Rural na Mitigação das Pressões que impulsionam a Migração.

A conferência, que acontece de dois em dois anos, vai até sábado (8). Estados membros deverão revisar e votar o programa de trabalho e orçamento. Neste ano, cerca de mil participantes devem comparecer. A FAO tem 194 Estados-membros, mais uma Organização Membro, a União Européia e dois Membros Associados, Ilhas Faroé e Tokelau.




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