Da Redação - FocoCidade
Relatório do delegado Flávio Stringueta, revela o receio do governador Pedro Taques (PSDB), no início de seu mandato em 2015, de se tornar alvo do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
O GCCO (Grupo de Combate ao Crime Organizado) investigou denúncia sobre suposta atuação do grupo de Arcanjo contra Taques.
“Os presentes autos foram inaugurados mediante portaria datada de 25 de março de 2015, para apurar fato tipificado inicialmente como crime de ameaça e organização criminosa, eis que este delegado de polícia recebeu informações via telefone dando conta de que estaria sendo arquitetado um plano para trazer sérios problemas a o governador do nosso estado, Pedro Taques, não sendo claro o suficiente se prejudicando o governo ou atentando contra sua vida”, destaca relatório de Stringueta ainda no comando do GCCO.
O que chama a atenção é que no rol dos investigados estava a ex-servidora Tatiana Sangalli, que no escândalo recente de grampos ilegais no Estado, é apontada como suposta amante do ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques.
Também foram investigados o jornalista José Marcondes, o Muvuca, uma servidora da Casa Civil, Caroline Mariana dos Santos e a filha de Arcanjo, Kelly Arcanjo Ribeiro Zen.
Em razão da denúncia, a Justiça acatou pedido de Stringueta para interceptação telefônica dos investigados. Ao final das investigações, o delegado descartou a possibilidade de ocorrer atentado contra Taques, pontuando possível comprometimento à sua imagem política, e assinalando ser o foco da denúncia Paulo Taques.
“O que mais foi útil ao que se pretendia foi mesmo a interceptação das ligações telefônicas dos alvos principais, principalmente Tatiana Sangalli, que nos acabou revelando que sua intenção não era atentar com a vida do nosso governador, mas pelo visto, criar problemas para Paulo Taques, que segundo ela, a abandonou a própria sorte assim que assumiu esse novo cargo na Casa Civil”, diz trecho do relatório.
O escândalo de escutas ilegais no Estado é investigado pela Procuradoria Geral da Pública. Por meio de nota, a Polícia Judiciária Civil destaca ter realizado a ação seguindo os parâmetros legais.
Confira a nota:
A Polícia Judiciária Civil esclarece que os fatos divulgados na imprensa referente à operação policial denominada “Querubim”, que tramitou pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), foi realizada com a devida autorização judicial, respeitando todos os parâmetros legais.
Todas as pessoas interceptadas foram devidamente identificadas nas investigações, sem uso de codinomes e de qualquer artifício que induzisse a erro o Poder Judiciário e o Ministério Público Estadual.
A Polícia Judiciária Civil repudia toda e qualquer ação que se valha de ferramentas investigativas para atender a interesses ilegais.
No cenário atual de dúvidas, é necessário fortalecer o respeito e a presunção de boa-fé das instituições, caso contrário, os verdadeiros inimigos da sociedade, aqueles que caminham a margem da lei, serão fortalecidos.
Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso
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