Vinícius Bruno ? Especial para o FocoCidade
Se para alguns setores da economia, os indicadores de perspectiva estão melhores na medida que avançam os meses de 2017, para a indústria mato-grossense a constatação é de que ainda há tendência de declínio.
Em fevereiro, o setor registrou queda de 11% na comparação com igual mês de 2016, sendo que a fabricação de metais, produtos químicos e derivados de petróleo puxaram para baixo a curva do desempenho da indústria da transformação no mês de fevereiro.
O cenário crítico, deteriorado pelo consumo em baixa fez com que a produção de combustíveis encerrasse fevereiro com queda de 59,6% em relação a igual mês do ano passado. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PMI), divulgada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O indicador revela a produção física, que para o setor de minerais não metálicos, como é o caso do cimento, foi 32% pior no segundo mês deste ano se comparado com fevereiro de 2016. A fabricação de produtos químicos também encerrou fevereiro com expressiva queda de 27,4% na comparação com igual período do ano anterior.
A fabricação de produtos alimentícios, que é um dos grandes potenciais de Mato Grosso, também foi negativa no segundo mês de 2017, com queda de 10% se comparada com fevereiro de 2016. Na mesma tendência de queda, seguiu a produção de bebida com queda de 7,3% entre um ano e outro.
“Nesse mês, Mato Grosso assinalou a perda mais intensa, pressionado, principalmente, pelo recuo na produção do setor de produtos alimentícios - carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja em bruto”, assinalam os técnicos do IBGE.
Os produtos de madeira foram os únicos a registrar aumento de produção. De acordo com o IBGE houve crescimento de 3,9% em fevereiro deste ano, na comparação com igual mês do ano passado.
Brasil
O resultado apurado em Mato Grosso foi o pior entre os 15 Estados, onde o IBGE realiza a PMI - Produção Física. Na comparação com o segundo Estado a ter queda na produção industrial a diferença é de 6,4 pontos percentuais, que é em relação a Bahia, cuja queda em fevereiro foi de 4,6% se comparada com igual mês no ano anterior.
Por outro lado, Amazonas foi o estado com o melhor desempenho da produção física industrial na comparação entre fevereiro deste ano e do ano passado, com aumento de 5,6%, entre um ano e outro.

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