Da Redação - FocoCidade
O jogo da "Baleia Azul", série de 50 desafios que estimulam o suicídio de jovens, sendo investigado pela polícia em vários estados, levou a prefeitura de Cuaibá a lançar campanha de conscientização.
A oridem do jogo ainda não é conhecida, mas os primeiros teriam surgido na Rússia.
Por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), a gestão começa a desenvolver ações de conscientização sobre a prevenção do suicido nas escolas da rede municipal de Educação.
O público alvo da campanha serão os alunos do 2º e 3º ciclo do Ensino Fundamental (4ª ao 8ª ano) qual envolve crianças entre 10 e 15 anos que estão na pré-adolescência, fase em que as mudanças emocionais estão em pleno processo de desenvolvimento.
De acordo com estudos de psicólogos e especialistas, as escolas precisam estar preparadas nas figuras dos professores, coordenadores e técnicos de educação para poder identificar os sinais como o afastamento de amigos, o baixo rendimento escolar, a melancolia, entre outros indicadores.
A diretora de ensino da pasta de Educação, prof. Zileide Lucinda dos Santos, ressalta a necessidade dos educadores e os pais de estarem de perto atentos a essas tendências aos pensamentos e a tentativas suicidas.
"Os pensamentos antecedem a ação. Nesse momento, a pessoa emite sinais para os que estão por perto como uma espécie de pedido de ajuda, então, enquanto profissionais de educação, precisamos estar próximos dessas crianças”, disse.
Campanha
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, assim que tomou conhecimento do assunto o qual vem ganhando repercussão por todo o Brasil contatou a secretaria de Educação para iniciar uma campanha, a partir do poder público, no intuito de envolver diversos segmentos na tomada de ações de prevenção ao suicídio.
“Precisamos começar essa conscientização dentro das escolas porque é onde as crianças passam boa parte de sua vida e o profissional de educação, assim como os pais, é o elemento fundamental no processo de formação das crianças”, apontou a primeira-dama.
A coordenadora de Programas e Projetos da secretaria de Educação, Carmem Cinira, encaminha, na próxima semana, uma convocação dos gestores das 81 Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) para participarem de uma ação idealizada pela primeira-dama a ser proposta pelo órgão de Educação.
Os psicólogos da rede de Educação em parceria com especialistas irão orientar os profissionais educacionais de como agir diante desse tipo de situação para prevenir intenções suicidas emergidas no contexto escolar.
As unidades serão instruídas a desenvolverem internamente uma campanha para alertar os perigos da exploração da fragilidade emocional. Será proposto as escolas a criação de cartazes motivacionais, palestras e ações interpessoais de apoio entre alunos e educadores para auxiliar o aluno com problemas emocionais que esteja enfrentando problemas dentro e fora da área escolar.
"Não podemos ser omissos e se eximir. O bem estar emocional da criança também é responsabilidade nossa. É responsabilidade do professor, do diretor, do coordenador e também do prefeito que representa todos eles. Meu dever nos quatros anos é de humanização dos serviços públicos, então contribuir com ações para coibir essa lástima a nossas crianças e estar protegendo elas de alguma forma é humanizar", reforçou o Emanuel.
Baleia Azul
O 'jogo' Baleia Azul estimula os participantes a cumprirem 50 desafios, que variam entre tirar fotos enquanto assistem a filmes de terror até a automutilação. As tarefas chegam pelas redes sociais e são propostas por curadores, que fazem ameaças para a realização de todo o ritual. Para a última etapa do jogo é sugerido o suicídio.
Acredita-se que a má intenção do 'jogo' criado em 2015, na Rússia, veio à tona no momento de popularidade do seriado de TV 13 Reasons Why, ou 13 Motivos do Porquê, tradução livre, que está sendo transmitido na plataforma online Netflix. Os episódios contam a história de uma jovem que deixa fitas cassetes esclarecendo as razões que a levaram a cometer o suicídio.
A pasta de Educação também reforça o alerta aos pais de alunos estarem atentos dentro de casa para coibir o acesso a certos tipos de conteúdos. O acompanhamento no lar é fundamental para a união entre a sociedade e o poder público estarem aguerridos na conscientização e prevenção do suicídio. (Com assessoria)
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