Da Redação - FocoCidade
No depoimento prestado junto à Procuradoria-Geral da República, o diretor da Odebrecht, João Antônio Pacífico Ferreira, descreve o enredo do acordo firmado com o ex-secretário de Estado, Eder Moraes, para remessa de R$ 12 milhões supostamente para a campanha à reeleição de Blairo Maggi ao Governo em 2006, mas abre brecha para a banca de defesa. Isso porque o executivo também pontua nunca ter tratado do assunto diretamente com Maggi, destacando que tudo levava a crer que o governador tinha conhecimento.
Eder encabeçou o esquema de repasse de recursos para a campanha, citando ainda segundo João Pacífico, ser o acordo de ciência do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot além de Maggi.
O “Q” da questão é que João Antônio Pacífico, mesmo detalhando a forma de pagamento da propina em parcelas, muitas ocorridas em São Paulo, deixa “lacuna” para que a defesa sustente inocência de Maggi.
A Odebrecht designou o engenheiro Pedro Leão como representante da empreiteira. A tarefa era garantir o recebimento de crédito junto ao Governo relativo à obra na rodovia MT-010.
“Eder dizia para Pedro que o governador tinha conhecimento. No entanto, esse assunto nunca foi tratado com o governador, nem por Pedro, nem por mim, nem por ninguém da empresa. O que nós imaginamos é que um pagamento desse, num valor dessa magnitude, é claro que se imaginava que ele (Maggi) tinha conhecimento”, relatou João Pacífico.
O depoimento consta no pedido de instauração de inquérito em face de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, entregue pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Blairo Maggi e Pagot negam terem participado do acordo, ressaltando cumprimento fiel à legislação sob todos os aspectos.
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