• Cuiabá, 18 de Outubro - 00:00:00

Empresários do comércio mato-grossense revelam otimismo em relação à economia


Vinícius Bruno ? Especial para o FocoCidade

A confiança dos empresários do comércio mato-grossense situou em 110 pontos em março. O nível revela otimismo em uma escala que varia entre zero e 200 pontos do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icei). Na comparação com março de 2016 houve aumento de 22,2%, sendo que naquele mês foram registrados 90 pontos, o que indicava pessimismo em relação à conjuntura econômica.

Os dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio/MT) apontam que os fatores que foram preponderantes para puxar o Icei de março para cima foram as expectativas, o que indica um otimismo “fictício”, já que as condições atuais permaneceram abaixo do usual, cuja margem de indiferença são 100 pontos.

Na metodologia da Fecomércio três expectativas formam a base do otimismo dos empresários do comércio mato-grossense, sendo elas com a economia brasileira, com o comércio e com a própria empresa.

Expectativa com a economia Brasileira

Entre março de 2016 e março de 2017 a expectativa dos empresários com a economia nacional aumentou 37,4%, passando de 111,1 para 152,7 pontos, respectivamente. Para 48,4% dos respondentes que relataram otimismo para os próximos meses, esse possível avanço será ainda tímido, mas o grupo que diz acreditar nesta hipótese é maioria entre os empresários do Estado.

Outra parcela significativa com 38,1% dos empresários diz acreditar em uma melhora mais incisiva da economia brasileira. Há um ano apenas 27,6% dos empresários pensavam dessa foram e eram 21,2% os que esperavam que a economia do país piorasse até dezembro. 

Neste ano, os responderam que a economia vai piorar daqui pra frente foram minoria, sendo que 5,9% apostam que o cenário macroeconômico deve piorar muito enquanto que 7,6% dizem que vai piorar pouco.

Expectativa para o comércio

As expectativas sobre o setor do comércio seguem a mesma tendência que em relação à economia nacional com índice de 154,9 pontos este mês, ante 131,1 pontos em março de 2016. Ambos resultados situaram em uma margem confortável de otimismo, sendo que os que dizem acreditar em uma melhoria bem incidente somam 41,4% dos entrevistados, enquanto que 45,4% apostam em um cenário mais positivo para o comércio, mas com certa parcimônia.

Também em relação ao futuro do comércio existem empresários pessimistas, sendo que 5,2% dizem acreditar que vai piorar muito nos próximos meses, enquanto que 8,1% consideram que vai piorar pouco. O grupo de pessimistas era maior em março de 2016, quando 13,4% disseram acreditar que o setor comercial pioraria muito no ano passado e 16,4% que pioraria pouco.

Expectativa da empresa

Se os dois indicadores anteriores revelaram otimismo acima de qualquer média registrada nos últimos três anos, o quesito expectativa em relação a empresa situou em 161,7 pontos este mês, um aumento de 10,2% sobre março de 2016, quando foram apurados 146,7 pontos.

Para 45,3% dos empresários as condições da empresa deverão melhorar muito a partir de agora, enquanto que 45,8% diz acreditar que vão melhorar pouco.

Os pessimistas são minoria, sendo que 4,3% apontam que vai piorar pouco e 4,6% que vai piorar muito. Esta parcela era maior em março de 2016, quando 11,4% dos empresários apostavam em uma situação pior para a própria empresa, enquanto que 8,5% dizia acreditar que pioraria muito.

Para o presidente da Fecomércio/MT, Hermes Martins, o otimismo demonstra resistência e persistência dos empreendedores. “Se pensarmos numa curva de declínio, podemos dizer que já não estamos mais no período de queda, e sim de começar a ver a luz no fim do túnel. Sabemos que é um processo e as coisas não vão mudar de uma hora para outra, mas já podemos respirar um pouco mais aliviados”.




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