Da Redação - FocoCidade
Sustentando não ter recebido no prazo previsto informações solicitadas ao Governo do Estado, o deputado Zeca Viana (PDT) protocolou junto ao Ministério Público do Estado (MPE), representação por ato de improbidade administrativa contra os representantes do Executivo, leia-se o governador Pedro Taques (PSDB).
A representação também atinge o secretário da Casa Civil, Paulo Taques e o presidente do Detran-MT, delegado Arnon Osny Mendes Lucas. Zeca destaca que a medida ocorre "devido a eles não responderem no prazo informações requeridas sobre controle e fiscalização de veículos do Estado".
O parlamentar, por meio do Requerimento 372/2016, solicitou informação em dezembro sobre a quantidade de veículos que circulam em condição irregulares na região metropolitana (Cuiabá e Várzea Grande) e no interior de Mato Grosso sem o recolhimento dos impostos e autorizações legais (IPVA, licenciamento obrigatório, taxas e multas).
O governador e auxiliares incorreram em crime de responsabilidade por não prestarem as informações ou não responderem ao requerimento no prazo de 30 dias, de acordo com o que estabelece o artigo 28 da Constituição Estadual.
O comunicado da aprovação do requerimento, ocorrida na sessão do dia 6 de dezembro, foi feito à Casa Civil no dia 13 de dezembro e ao Detran-MT no dia 14 de dezembro. A resposta da Casa Civil ao requerimento foi feita no dia 7 de março deste ano à Secretaria de Serviços Legislativos da Assembleia Legislativa. Ou seja, fora do prazo legal, consumando-se o crime de responsabilidade previsto na Constituição Estadual.
“O governador e seus secretários continuam a tratar a Assembleia Legislativa como puxadinho do Palácio Paiaguás. Não respondem requerimentos no prazo e, quando fazem, têm informações confusas”, contesta Zeca Viana. “Na verdade, o governador e os secretários pensam que não precisam prestar informações e esclarecimentos para eu e para a população”, completa.
Lei de Acesso à Informação - Ao não responder no prazo a informação, o governador, o secretário e o presidente do Detran-MT incorreram em improbidade administrativa, conforme estabelece a Lei Federal n.º 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), observa o parlamentar.
Na representação, Zeca Viana requer a instauração de Ação Civil Pública pelo Ministério Público para apurar crimes e punições previstas na lei, entre elas a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos.
De acordo com Zeca Viana, o pedido de instauração direta de Ação Civil Pública cabe ao Ministério Público, na medida em que é notório o fato que configura o Ato de Improbidade Administrativa, pois é constatado com o requerimento que solicitou informação e a cópia dos ofícios encaminhados aos gestores. Isto é, os fatos dispensam a instauração de Inquérito Civil, segundo prevê a Resolução número 010/2007, do Conselho Nacional do Ministério Público. (Com assessoria)
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