• Cuiabá, 19 de Setembro - 00:00:00

?É fato que a própria mulher discrimina a outra?, alerta Luciana Serafim


Sonia Fiori - Foco Cidade

Advogada Luciana Serafim, Diretora de Assuntos Doutrinários da Associação Brasileira da Advocacia Trabalhista (ABRAT - gestão 2016/2018), é sem dúvida uma menção à área. Perfil marcante, moldada ao pulso firme, determinada, é um claro espelho da mulher guerreira, competente e que chega para transformar, quiçá mudar paradigmas.  

Luciana, que já atuou por seis anos na Diretoria da OAB-MT, chama a atenção neste Dia Internacional da Mulher, para a discriminação “entre as próprias mulheres”.

“Entendo que é um dia mais para reflexão do que para comemoração. É certo que as mulheres já conquistaram muitos espaços; e é isso: conquistaram! Mesmo enfrentando muitas dificuldades, preconceitos, discriminações, dentre outros, conseguiram, bravamente, galgar espaços. Significa, pois, que quando a mulher quer ela faz, ela realiza!

Mas o que adianta vibrarmos por nossa conquista pessoal e não termos a mesma postura com a outra mulher? Sim, empoderamento, palavra que está tão "na moda", se faz assim!

É fato que a própria mulher discrimina a outra, e é justamente para isso que peço reflexão. Ademais, é imperioso que as mulheres desenvolvam seu senso político e que também aprendam a fazer política.

Algumas podem até achar que isso é banal, mas para se conquistar espaços é fundamental. Caso contrário, estaremos eternamente "passando o pires" para colher migalhas dos homens, que sempre estão nos núcleos de decisão, onde a atuação das mulheres, quando raramente acontece, é em número reduzidíssimo.

A conscientização coletiva das mulheres de que elas são capazes é o mesmo que pisar no acelerador e esquecer "os freios".

Mas sempre, sempre, pensando no todo e vendo a outra como parceira nessa caminhada, e não inimiga ou adversária. Deixar questões pessoais de lado em prol de uma causa maior, é o primeiro passo para que as mulheres deixem de lutar por cotas (como ocorreu na OAB, por exemplo) e passem a compor o "núcleo duro", ou seja, o cérebro das decisões.

Caso contrário não deixaremos de ser coadjuvantes solitárias, num sistema que ainda é comandado pelos homens.” - Diretora de Assuntos Doutrinários da ABRAT, Luciana Serafim.




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