Maria Augusta Ribeiro
O objetivo da inovação é criar valor. Mas a busca por processos com a finalidade de satisfazer egos de palestrante e livros sem utilidade, incentivam um mercado cada vez mais crescente e entediante de pseudo-inovadores.
Confesso que não aguento mais ver vídeos, cases e palestras de gente que se diz inovadora, mas não fez nada além de pegar carona numa onda sem propósito para ser popular.
Quantas vezes ficamos esperando um vídeo terminar para ver se terá algo útil, que faça sentido, e nos ensine algo.
Inovar, ao contrário do que muita gente pensa, não é um raio que cai na sua cabeça do nada, é necessário muito trabalho, foco e as vezes resiliência para encarar os desafios.
É óbvio que muitas ideias de inicio se tornam inovações concluídas e prontas para o mercado. Mas isso não significa que não houve um processo de idealização.
E, antes que me chame de “a mal-humorada da inovação”, lembre-se de que inovar está além dos padrões conhecidos. Para a invenção da roda foi necessário planejamento, desenvolvimento e adequação de projeto inúmeras vezes até que funcionasse como ferramenta que revolucionou nosso dia a dia.
O tema em torno da inovação é complexo. Permite interpretações e adaptações. Inovar envolve uma série de competências tecnológicas, mercadológicas e gerenciais, que parecem ser negligenciadas por gente que utiliza as redes sociais e canais digitais para se vender, em vez de compartilhar experiência.
São repetitivos, chatos e desestimulantes. E por que a gente fica vendo os vídeos até o final, esperando por algo que não é entregue? Simples: a turma da inovação do tédio se utiliza de estratégias de marketing para chamar sua atenção, e com isso nos fazem perder um tempo precioso.
Ahhh! Que pessoa importante você é Belicosa.... risos! Então, essa turma pode fazer você desperdiçar seu tempo? Pode, e muitas vezes o faz, já que estamos em tempos onde a hiperconexão pode estampar estas figurinhas na nossa tela.
Para aos que buscam inovadores de verdade, pessoas comprometidas e ideias que realmente façam sentido, vale a pena começar a conversar mais com seus colegas de trabalho, utilizar menos as redes sociais, e buscar por sites que antes não conheciam. Como o médium, farol jornalismo e o radinho de pilha.
O meu texto pode não fazer sentido para você, que gosta de fórmulas de lançamentos para produtos e ideias que não são tão cool assim. Mas ele pode fazer você pensar sobre questões que envolvem o nosso comportamento diante de cosias entediantes na internet. Fique atento à sua postura. Inovar também é mudar posições e facilitar a vida de outras pessoas.
Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informação, especialista em Netnografia, escreve para o Belicosa.com.br.


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