O presidente e ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, em recente comício afirmara que o Brasil não audita suas urnas eletrônicas. Maduro defende que a Venezuela tem o melhor sistema eleitoral do mundo, afirmando que há 16 auditorias em suas urnas e, em comparativo crítico com a sistemática eleitoral de outros países, afirmou: “Em que outra parte do mundo faz isso? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é auditável? No Brasil? Não auditam nenhum boletim. Na Colômbia? Não auditam nenhum Boletim.”
Gostaria de registrar que, pessoalmente, defendo a lisura das urnas eletrônicas brasileiras, certo de que até hoje nada de concreto foi apresentado contra sua fiabilidade. Isso não quer dizer que seja contra o voto auditável de forma impressa, como previsto na antiga PEC 135/19, não por desconfiança, mas para uma maior transparência e para “calar a boca” dos descrentes do nosso sistema eleitoral diante do maior espetáculo da Democracia, o voto.
Sendo assim, o voto impresso – auditável – serviria para trazer maior confiabilidade aos principais atores das eleições, os eleitores, que através de seu voto escolhem seus representantes nas casas do povo e no poder executivo.
Firma-se que nossas urnas eletrônicas são auditáveis, conforme nota do Tribunal Superior Eleitoral: "As urnas brasileiras são auditáveis, auditadas e seguras, como se mostra historicamente".
Lado outro, como se não bastasse a verborragia do ditador Maduro ao atacar a democracia e o sistema eleitoral de outros países, o mesmo, em ação contra sua própria população, impõe e impôs arbitrariedades como censura e prisão aos opositores, vejamos:
- A ONG Laboratório da Paz afirma que mais de 70 políticos, opositores, foram presos arbitrariamente desde o início da campanha eleitoral.
- 60 sites de notícias estão censurados, 12 deles retirados a partir da campanha eleitoral.
Além do mais, em seu discurso, disse que haverá um banho de sangue na Venezuela caso venha a perder a eleição.
As atitudes do ditador de esquerda não causam estranheza, já que este é o modus operandi de todo ditador para se manter no poder, mas causa perplexidade e indignação às pessoas que não se curvam a essas atrocidades políticas e que não estão sujeitas a este tipo de regime autoritário.
O que causa estranheza são pessoas que defendiam a falsa democracia de Maduro aproveitarem de uma fala sua para comparar com Políticos Brasileiros de Direita, notadamente ao ex-presidente Bolsonaro, em total falta de coerência.
Ressalta-se que o ex-presidente assinou, em 2019, uma portaria que proibia a entrada de Maduro e auxiliares no Brasil. Quem o recebeu, com honras de Estado, dizendo ser a Venezuela uma democracia, foi o atual Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, em 29/05/2023.
Sejamos coerentes.
Tenho dito!!!
Bady Curi Neto é advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e professor universitário.
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