• Cuiabá, 05 de Julho - 00:00:00

Segurança deve ser uma jornada contínua na proteção de dados corporativos

O Brasil é o maior alvo dos hackers na América Latina, registrando quase 329 mil ataques cibernéticos, o que corresponde a mais de 41% do total de 785.871 tentativas de invasão em 2023. É um número impressionante em um ano considerado pelos especialistas a ONG Identity Theft Resource Center como um dos piores em termos de ciberataques. 

E o cenário só tende a ser ainda mais desafiador com uso da Inteligência Artificial (IA), que oferece aos hackers uma capacidade cada vez maior de explorarem vulnerabilidades, e os ataques em massa automatizados via phishing, adaptados individualmente às empresas visadas, estão se tornando cada vez mais comuns. 

A IA não pode substituir os profissionais humanos, mas pode melhorar o seu trabalho eliminando as funções tediosas dos analistas de SOCs Tier1 e Tier 2, com treinamento para atuarem em funções mais estratégicas e mais desafiadoras, como analistas Tier 2 sênior e Tier 3, que lidam com os desafios mais críticos de segurança e se concentram na identificação e monitoramento proativo de ameaças e vulnerabilidades. 

Computação quântica: a nova porta de entrada dos hackers 

Além disso, especialistas já apontam os riscos que chegam com o desenvolvimento da computação quântica que, ao mesmo tempo em que cria oportunidades para melhorar a segurança cibernética, também pode gerar novos riscos, com a sua capacidade de quebrar chaves encriptográficas. 

Grande parte da criptografia atual é baseada em fórmulas matemáticas que levariam um tempo impraticavelmente longo para serem decodificados pelos computadores disponíveis atualmente no mercado. Um computador quântico, entretanto, pode facilmente fatorar esses números e decifrar o código. 

Essas novas tecnologias tornam os ataques cibernéticos mais eficazes, enquanto as crises geopolíticas criam um ambiente de risco preocupante, exigindo ações responsivas e assertivas dos líderes de segurança. 

Pilar do sucesso corporativo

A segurança cibernética das informações e dados tem sido e será cada vez mais um dos pilares do seu sucesso corporativo. Soluções e políticas de segurança protegem seus serviços e ambiente de TI; mas acima de tudo, garantem a confidencialidade, disponibilidade e integridade de todas as informações do negócio. Essa é a única forma de evitar riscos e as consequentes perdas econômicas e, assim, salvaguardar o sucesso da organização. 

A gestão ativa da segurança da informação é um forte mecanismo de defesa contra ameaças e riscos, especialmente em tempos de ataques cibernéticos agressivos, manipulação de dados e espionagem industrial. 

Não existe espaço para dúvidas: o aumento alarmante dos ataques cibernéticos nos últimos anos, com aumento dos danos financeiros, operacionais, jurídicos e à reputação, faz com que empresas e instituições de todos os tamanhos devam considerar a segurança cibernética como uma prioridade estratégica. E as organizações terão de enfrentar o desafio da escalada das ameaças cibernéticas, necessitando de uma abordagem estratégica e diferenciada. 

A base para navegar neste cenário será adotar soluções inovadoras, explorar novos modelos de prestação de serviços e adotar medidas robustas de segurança em um mundo digital cada vez mais volátil.

 

Eduardo Gomes é Gerente de Cibersegurança na TÜV Rheinland.



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