Depois de ter feito duas representações, uma para o Excelentíssimo Governador do Estado de Mato Grosso, pedindo providências em face dos bloqueios nas rodovias, outra ao Ilmo. Ministério Público por conta das listas de boicote contra empresas e pessoas do povo, tudo como um conjunto de ações orquestradas por motivação política, onde a reinvidicação principal é um golpe militar, tendo sido divulgado, recebi ataques de terceiras pessoas sob a senha do meu perfil de Facebook, até ele ser bloqueado, como continua até agora.
Ora, esse movimento de contestação já perdeu a legitimidade democrática e ultrapassou todos os limites do Estado de Direito.
Até grupo armado de pessoas, semelhante à milícia, abordou dois trabalhadores, motoristas de caminhão, que iriam seguir viagem com os carregamentos até o destino final, sendo obrigados pela mira de armamento pesado a descerem da cabine, para minutos depois testemunharem o incêndio hediondo dos caminhões.
Nas redes sociais, as ameaças feitas por esse grupo radical de baderneiros são surreais, até de destruição de pontes, entre outras coisas.
Não é possível que esse grupelho, que não representam nem de longe a maioria dos eleitores do candidato derrotado, possuem mais poder de fogo do que as forças de polícia, inclusive do que o serviço de inteligência, para identificar as lideranças e, principalmente, os financiadores.
Mato Grosso está neste momento passando a ideia para o resto do país como terra sem lei, sem governo e demais autoridades.
Obviamente que o caso é outro, há um trabalho em andamento. Todavia, demonstra-se totalmente insuficiente.
Agora é hora de pensar no povo, na economia, na estabilidade e civilidade, ao revés de apoio eleitoral recebido nas eleições, bem como as forças de polícia demonstrarem total compromisso com a Constituição Federal, invés de com conspiração de algum general.
E é muito importante que cada cidadão, independente da predileção entre esquerda ou direita, se posicione em torno dos seus direitos fundamentais, que em nada tem a ver com essa "anarquia".
Sem perceber, por pura ignorância, esses atos em cadeia, sim, podem fazer com que nos aproximemos da realidade de uma Venezuela.
Paulo Lemos é advogado criminalista.
Contato: 66 9 9614-1915
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