• Cuiabá, 28 de Setembro - 00:00:00

Turismo e História

Algumas observações sobre pequena andança por alguns países europeus. Começar pela música brasileira. A base maior ainda está na bossa nova. Não é que se ouve Garota de Ipanema ou coisa assim, mas sim o ritmo. Até parece que lá colocam letras nas músicas aproveitando o ritmo. Não se ouve música sertaneja ou sertaneja universitária em nenhum lugar.

No futebol, o Brasil não está na crista da onda. Em Barcelona, como exemplo, o nome é o do Messi. Ronaldinho, como dizem lá, foi bom dois anos, depois a farra o derrubou. Que Messi foi exemplo dentro e fora do campo.

Nos noticiários de televisão se tem informações quase diárias sobre a eleição para presidente no Brasil. Mostram momentos e manifestações das campanhas do Lula e Bolsonaro. Não tomam lado, mas tem receio que a atual polarização possa levar a algum tipo de violência.

É uma novidade essa de mostrar eleição de forma democrática na América do Sul. Antes eram somente comentários sobre derrubadas de governos e coisa desse tipo. Subimos um degrau, sugerem os fatos, na compressão do exterior sobre politica e eleição.

Também nos noticiários nesses dias, em Portugal, se teve a discussão do orçamento nacional para 2023. Num tipo de debate, como ocorre também neste momento em outros países dali, que sonhamos que chegue ao Brasil um dia.

O ministério encarregado apresenta o orçamento ao Congresso e a partir dai a sociedade abre enorme discussão sobre o assunto. Cada entidade interessada destrincha o que viria pela frente para aquele grupo com a aprovação daquele orçamento. Depois dessa discussão ampla é que o Congresso vai avaliar o orçamento e mudar itens depois da atuação da sociedade.

O turismo está em alta no continente europeu depois da pandemia. Impressiona a quantidade de pessoas da Ásia. É o grupo maior de turistas. Estão em todos os lugares. Um exemplo disso é o maior aeroporto da França, Charles De Gaulle, em Paris, que faz os anúncios e chamadas em francês, inglês e também em japonês.

Chama atenção a idade dos lugares e construções na Europa. No Brasil, que nasceu cerca de quinhentos atrás, achamos que este ou aquele lugar é de uma história distante. Até mesmo o centro histórico de Cuiabá, com seus trezentos anos, parece bem antigo.

Lá a coisa vai longe na história. Palma de Mallorca nasceu, como exemplo, no ano 124 antes de Cristo. Nas diferentes visitas a lugares se tem essa ou aquela construção com dois mil anos ou mais. Aquele muro foi construído pelo imperador tal no ano 200 depois de Cristo. Chama a atenção também a enorme quantidade de construções da era dominante do catolicismo na Europa, principalmente o número de igrejas, escolas e conventos.

Tudo isso hoje faz parte de roteiros turísticos. Na maioria dos lugares se cobra uma pequena taxa pela visita para manter justamente essa ou aquela construção antiga. A Europa sabe ganhar dinheiro com sua história. Virou alto negócio nos diferentes países. 

 

Alfredo da Mota Menezes é professor, escritor e analista político.

E-mail: pox@terra.com.br



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