Há três princípios basilares para que tem o desejo sincero de mudar algum comportamento ou até a vida como um todo, incluindo pensamentos e sentimentos, sendo principalmente a dimensão espiritual.
O primeiro deles é "honestidade". Mais do que ser honesto com o próximo, devolvendo a carteira que caiu do bolso, sem sacar de dentro nenhum tostão, e o celular perdido, de dez mil reais, sem pestanejar.
Trata-se de ser honesto consigo próprio, sem auto-engano ou justificativas para cometer alguma insanidade, apenas exaltando a verdade, sendo devolvido à sanidade. Também partilhando sincera e destemidamente, tudo àquilo que fez ou fizeram contigo, que tenha gerado sentimentos angustiantes e estado de confusão, principalmente fruto da desonestidade, da Verinha ou autopiedade e racionalização. Não se pode mentir para si próprio, tampou ao Poder Superior.
O que não é espiritual, exclusivamente produto de desejos, não de necessidades, de satisfação e prazer imediato, de maneira facilitada, cai por terra, insumo do qual é feito os pés da mentira. Logo desaba e o tombo vêm.
O princípio da mente-aberta traz consigo vários aspectos, o mais importante é ouvir e considerar mais a opinião do outro, falar menos, só aquilo que for contribuir com o diálogo, aberto e sem julgamentos e conclusões precipitadas.
Humildemente, com ajuda de alguém, se dar a oportunidade para a aprender e ter paz, ao revés de ser "professor de Deus" e estar no cume do egocentrismo, depois do pico do monte Everest.
Ter abertura para o novo, faz com que só teste do velho o quê for funcional, produtivo, benéfico.
E por falar em benéfico, o derradeiro da tríade epigrafada no início deste protótipo de ensaio, espero que não de ilusão e devaneios, a boa-vontade, que está diretamente vinculada à prática, não fazendo ao próximo o quê gostaria que não fizesse contigo, outrossim, proativamente, fazendo e dando o que gostaria de receber.
Paulo Lemos é advogado - e uma das principais referências de atuação na defesa dos Direitos Humanos.
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