• Cuiabá, 21 de Novembro - 00:00:00

Quando será seu Ano Novo?

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora a fazer um novo fim”, Francisco do Espirito Santo.

Quando o calendário muda seu último dígito do mês de dezembro para janeiro, na verdade é ele que está mudando de fase. Nós nem sempre. Para quantas pessoas um próximo ano é mesmo “novo”? Novo trabalho, novos costumes, novos comportamentos, novas aprendizagens.

É bom lembrar que seguimos o Calendário Gregoriano, que só foi instituído em 1582 pelo papa Gregório XIII, que reformou o calendário juliano, uma antiga herança do império Romano. Portanto, 85 anos após o Brasil ser descoberto pelos portugueses.

Conviver com novas situações nem sempre significa novas aprendizagens, ou necessariamente mudanças significativas e positivas na vida das pessoas. Corriqueiramente encontramos pessoas que ainda vivem como se o mundo estivesse parado em muitos anos passados.

O 2020 que vai embora trouxe grandes consequências na vida das pessoas. O resultado da pandemia é um exemplo. Em função dela teremos, no mínimo, 200 mil brasileiros a menos. Em consequência disto, na média, três milhões de brasileiros foram afetados com tais perdas.

Mas neste mesmo 2020 impactante, quantos brasileiros estão comemorando um emprego, uma promoção no trabalho, a aquisição de um bem material que há muito desejava, uma cura de uma doença pessoal ou na família, uma mudança de local desejada?

Na verdade, todos nós temos nossos próprios anos novos, que independe do calendário. Na verdade, ano novo mesmo só quando reformamos nossas próprias vidas. O resto são festas comerciais para encontros e desencontros de pessoas.

Nesta lógica podemos afirmar que alguém que não enxerga seus próprios erros jamais terá um ano novo em sua vida, pois nunca tratou de fazer algo novo e melhor. Já que caso você quer algo novo, precisa deixar de fazer algo velho. Deixar de fazer aquilo que te traz prejuízo, mas principalmente, aquilo que prejudica outras pessoas.

Segundo Carl Jung, “a criação de algo novo é consumada pelo intelecto, mas despertado pelo instinto de uma necessidade pessoal. A mente criativa age sobre algo que ela ama”. Ou seja, a mudança é um ato de amor, principalmente a mudança que faz a sua vida e a vida dos outros melhorar.

Precisamos suprimir o egoísmo e aprender a olhar para o mundo e suas necessidades, mas mais que isso, precisamos muito de novos comportamentos, principalmente aqueles que implicam na vida dos outros. Não podemos continuar vivendo como se fossemos únicos donos do espaço onde percorremos neste mundo e vivêssemos sozinhos isolados das necessidades dos outros.

Na grande maioria das vezes os acidentes de trânsito são causados por pessoas que acham que tem mais direito que as outras; direito de andar na frente, de ultrapassar quando, onde e como quiser, direito de levar todas as vantagens porque acham que somente suas prioridades são importantes. O exemplo do trânsito se aplica em tudo na vida. O que as pessoas não percebem é que sua “esperteza” e seu egoísmo trazem prejuízo, sofrimento e até morte aos demais.

Mas é um novo ano gregoriano que começa. Que ele realmente possa trazer um ano novo para a maior quantidade possível de pessoas, estamos precisando. Para os quem tem coragem de mudar, que o ano novo seja de felicidades!

Afinal permita-se evoluir e redescobrir a si mesmo. Se parece um novo começo ou um ano novo, é porque realmente é necessário. Quando será seu ano novo? Feliz 2021! 

 

João Edisom é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso.



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